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Florianópolis - Cultura - Ruas Históricas
Centro Histórico da cidade - Foto: Fernandodall-acqua (Licença-cc-by-sa-2.0)
Centro Histórico da cidade - Foto: Fernandodall-acqua (Licença-cc-by-sa-2.0)

Principais Ruas Históricas de Florianópolis

Ruas Almirante Lamego e Bocaiuva
Bocaiúva e Almirante Lamego vêm exercendo papel de destaque no crescimento da cidade desde o século XIX. O eixo compreendido pelas ruas Bocaiúva e Almirante Lamego é hoje um dos endereços residenciais mais nobres de Florianópolis. Até 1848, quando teve seu arruamento e cercas deferidas pela Assembléia Legislativa Provincial, o local era apenas um primitivo caminho ao longo da praia, paralela à Baía Norte. O primeiro nome oficial foi “Rua da Praia de Fora”. Posteriormente, a Bocaiúva se tornou “Rua São Sebastião”, e a Almirante Lamego “Rua Sant’Ana”. Os nomes atuais são homenagens a Quintino Bocaiúva, jornalista e político, e Jesuíno Lamego da Costa, militar e político, o Barão de Laguna.

Fundada em 1856, e reformada em 1928, a capela de São Sebastião é a principal referência arquitetônica da época localizada nestas vias. No seu centenário, sofreu nova reforma que manteve o frontispício principal e a volumetria. Nas últimas décadas, porém, recebeu um anexo lateral que descaracterizou o conjunto, alterando o seu visual, que mesmo assim preserva o valor histórico. No seu singelo interior, possui acervos sacro, mobiliário e bibliográfico de grande interesse.

Rua Deodoro
Entre tantas outras ruas que têm seu histórico registrado no livro “Florianópolis – Memória Urbana”, está a Deodoro, conhecida rua do Centro da cidade. Hoje, a rua está repleta de lojas e prédios comerciais, mas nem sempre foi assim. Ela é bastante antiga, tendo seus primeiros registros em 1740, quando chegou a se chamar Rua do Ouvidor, Rua dos Quartéis e até Rua de São Francisco, possivelmente uma referência a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, construída entre 1802 e 1815. Somente em 1889, foi que Marechal Deodoro da Fonseca teve seu nome homenageado naquela rua, que era considerada um local muito pobre, já que ficava próximo ao porto, por onde transitavam marinheiros, estivadores e prostitutas.

O aspecto da rua e das construções melhorou com as exigências das Posturas Municipais que, no século XIX e início do XX, passaram a adotar padrões arquitetônicos mais elegantes. “As simples casinhas térreas do Bairro da Figueira, como era conhecida aquela região, e as casas voltadas de costas para o mar passaram a ser substituídas por sobrados elegantes. O local passou então de despejo dos esgotos domésticos à área comercial, como é ainda nos dias de hoje”, resume a autora do livro, Eliane Veras da Veiga.

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