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Ilha dos Lobos (Torres-Rs) Foto: Neusa Luzz (Divulgação)
Ilha dos Lobos (Torres-Rs) Foto: Neusa Luzz (Divulgação)

Principais Ilhas do Rio Grande do Sul

Ilha dos Marinheiros
Está situado em uma ilha fluvial da Lagoa dos Patos. A ilha é considerada patrimônio da cidade do Rio Grande pela preservação de valores, herdados da cultura dos portugueses, que colonizaram o local. Antes da vinda dos primeiros colonizadores portugueses, as terras da Ilha dos Marinheiros eram ocupadas por indígenas. De acordo com vestígios encontrados na ilha, os grupos eram: minuanos, charruas e guaranis.

A importância desta ilha tem início nos primórdios da fundação da cidade do Rio Grande, quando forneceu água, lenha e madeira para as fortificações e para os colonizadores da Vila do Rio Grande de São Pedro. No passado, a Ilha abastecia todo o comércio do Rio Grande e proximidades, atualmente produzindo cerca de 80% das hortaliças consumidas no município.

Ilha das Garças
O município de Canoas tem uma ilha em sua área territorial. Próximo ao local onde a companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) faz a captação de água para abastecer o município, fica a Ilha das Garças. O espaço faz parte do Parque Estadual do Delta do Jacuí e é considerado zona de reserva biológica desde 1979, quando foi redigido o Plano Básico do Parque Estadual Delta do Jacuí. O território pertence ao Governo do Estado.

Na ilha, não é permitida a instalação de moradias ou qualquer outro tipo de estrutura predial. Conforme o gerente de Implantação do Parque Estadual Delta do Jacuí, Gerson Bruss, o último levantamento da Fundação Zoobotânica constatou que a determinação está sendo cumprida. A Ilha das Garças está desabitada. Nestes locais, os conflitos entre a presença humana e a preservação ambiental é muito forte.

Com 286 hectares, a Ilha das Garças é banhada pelo Arroio das Garças e a foz do rio Gravataí. O ambiente é típico do Parque do Delta do Jacuí, com vegetação de banhado, como juncos, capim-canivão e aguapés. Porém, a qualidade das águas próximas à Ilha é problemática, devido à poluição do rio Gravataí.

Arquipélago
A primeira ocupação das ilhas do Arquipélago, conforme indícios arqueológicos, data do século XVI, e seus primeiros habitantes eram índios guaranis. Segundo os moradores antigos do Arquipélago, no século XVIII as ilhas Saco do Quilombo, Maria Conga (também chamada Ilha do Quilombo e atual Ilha das Flores) e Maria Majolla abrigaram ancestrais escravos. A presença de quilombo nas ilhas é assunto ainda pendente de estudo aprofundado, porém documentos da Câmara do século XIX comprovam a presença de população negra na ilha em 1810, e dá indícios que sua ocupação seja anterior a esta data.

No início do século XIX, as ilhas abasteciam o centro da cidade com seus produtos, principalmente capim, hortaliças e peixes. Mas, a partir do final deste século, a pesca foi a principal atividade econômica dos ilhéus, até meados de 1970. Em 1979, o governo do estado institui o Plano Básico do Parque do Delta do Jacuí, com o objetivo de disciplinar a ocupação e evitar a degradação ecológica, e a administração do bairro passou para a Fundação Zoobotânica.

Ilha do Presídio
A transformação da ilha em um presídio ocorre em 1950 e inicialmente recolhe jovens com delitos leves, pessoas com problemas psiquiátricos e menores de idade. Com o inicio da Ditadura Militar no Brasil o presídio passa a ser utilizado como espaço de detenção para presos políticos, perseguidos pelo regime autoritário.Estima-se que entre as décadas de 60 e 70 mais de cem pessoas tenham sido presas no local por motivos políticos.

Um dos casos mais conhecidos que envolvem o presídio da ilha foi o do Sargento Manoel Raymundo Soares, que 5 meses após a sua prisão, feita  pelo DOPS,  foi encontrado morto nas águas do lago Guaíba, com as mãos amarradas às costas. O caso amplamente divulgado na época ficou conhecido como 'O caso das mãos amarradas'.

Atualmente o local se configura como um importante espaço de memória coletiva que através de múltiplas significações e sentidos, retrata um pouco da repressão política vivenciada e conseqüentemente da história recente do país.   O presídio foi desativado em 1983 e desde então está desocupado. A ilha do presídio foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Histórico do Estado em Dezembro de 2014, sendo tombada pelo IPHAE neste mesmo ano.

O processo de tombamento da Ilha das Pedras Brancas foi direcionado pela Comissão Estadual da Verdade, que reuniu uma gama diversa de documentos entre relatos orais, mapas, pesquisas, entre outros, que serviram de aporte para o reconhecimento do local como um importante espaço de memória coletiva.

Ilha dos Lobos
A Ilha dos Lobos é uma ilha brasileira localizada no estado do Rio Grande do Sul, a única ilha marítima desse estado. Está situada no litoral norte do estado, em frente à cidade de Torres e é a única ilha oceânica do Brasil a abrigar leões marinhos em certas épocas do ano.

A Ilha dos Lobos é a menor unidade de conservação ambiental do Brasil. A pesca ali é proibida e o surfe junto à ilha é controlado pelo Ibama. Tem cerca de 17 mil metros quadrados e é muito impactada pela pesca e pelo turismo, por estar a apenas dois quilômetros da costa.

Ilha dos Lobos (Torres-Rs) Foto: Neusa Luzz (Divulgação)
Ilha dos Lobos (Torres-Rs) Foto: Neusa Luzz (Divulgação)
Ilha do Presídio (Porto Alegre-Rs) Foto: Fabio Almeida - RBS TV
Ilha do Presídio (Porto Alegre-Rs) Foto: Fabio Almeida - RBS TV
Ilha Quadrada (Itaqui-Rs) Foto: Divulgação Brigada Militar
Ilha Quadrada (Itaqui-Rs) Foto: Divulgação Brigada Militar
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