Seminario São Luis de Tolosa - Foto: Swendt (Licença-Dominio publico) |
Rio Negro nasceu de um antigo pouso de tropeiros. Era o portão de entrada no território paranaense do histórico caminho que ligava Viamão (RS) a Sorocaba (SP). Devido às dificuldades e perigos, acarretados pela precariedade do caminho, em 1816, os tropeiros requerem a D João VI a abertura de uma estrada, ligando a Vila do Príncipe (LAPA), no Paraná, à Vila de Lages, em Santa Catarina. A construção da estrada a cargo de João da Silva Machado, o “Barão de Antonina”, teve seu início em 1826, sendo o Barão também responsável pela fixação dos primeiros moradores, nascendo assim o povoado de Rio Negro, que foi elevado de Capela Provisória à Capela Curada, a pedido de João da Silva Machado, em 1828.
Em fevereiro de 1829, chegaram a Rio Negro as 20 primeiras famílias alemãs, vindas de TRIER, cidade do sul Alemanha, caracterizando a primeira leva de colonização germânica em território paranaense. Nos anos de 1887 e 1888, chegaram a Rio Negro os imigrantes alemães-bucovinos, com raízes étnicas na Baviera, Sul da Alemanha, num total de 336 pessoas, sendo essa a única imigração alemã-bucovina para o Brasil. Em 1890, Rio Negro recebeu uma grande leva de imigrantes poloneses destinados à Colônia Lucena, hoje Município de Itaiópolis. A cultura polonesa tem forte presença em algumas localidades no interior do município, acentuando o caráter hospitaleiro de “Terra de todas as Gentes”.
No dia 15 de novembro de 1870, deu-se a Emancipação Política do Município de Rio Negro com a posse da primeira Câmara de Vereadores. Em 27 de maio de 1884, foi assinado o contrato de construção da rua XV de Novembro, sendo esta a primeira do Brasil. Três grandes guerras fizeram parte da história rio-negrense. A Revolução Farroupilha, de 1835 a 1845, a Revolução Federalista, de 1893 a 1895, que deixou mazelas e fuzilados, e a Guerra do Contestado, de 1912 à 1916 que, como consequência, trouxe a definição da quizília existente em relação aos limites entre Paraná e Santa Catarina, adotando o rio Negro como limite natural. A margem esquerda foi incorporada ao território catarinense, nascendo assim o município de Mafra.'
Fonte: Ascom da Prefeitura de Rio Negro