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História de Bananal
Estação Feroviaria - Foto: Prefeitura de Bananal
Estação Feroviaria - Foto: Prefeitura de Bananal

Bananal foi erigida em uma região ocupada pela etnia indígena dos Puris. O aldeamento existiu entre a Serra da Mantiqueira e florestas do Sertão do Bocaina, se estendendo até a região onde se encontra a cidade. O rio que cortava a localidade foi batizado por eles com o nome Banani, que significa “rio sinuoso”. O nome da cidade teria surgido daí. Primeiro com a corruptela “Bananá” e, por fim, Bananal.

Entre fins do século XVII e o início do século XVIII a região do Vale do Paraíba se tornou uma das principais rotas e ponto de passagem do ouro das Minas Gerais, de Goiás e do Mato Grosso, além do gado advindo do Rio Grande do Sul, recebendo o fluxo de tropeiros e viajantes.

O trajeto percorria o caminho que hoje fica entre Barra Mansa, Areias, Resende, Angra dos Reis e Bananal, servindo de pouso para aqueles que se dirigiam ao Rio de Janeiro.

Entre o rio Bananal e a Serra da Carioca passava também a Estrada Geral, bastante utilizada por sua abundância de anil, muito valorizado e utilizado na época como corante. Foi a primeira atividade econômica mais expressiva no local por um período aproximado de 20 anos, desaparecendo no início do século XIX.

Em 1770 foi aberto o “Caminho Novo”, estrada construída entre as capitanias de São Paulo e Rio de Janeiro. O caminho por terra foi concebido como via alternativa às viagens marítimas, que sofriam frequentes ataques de piratas e saqueadores.

Em 1783, o governo colonial traçou o objetivo de povoar o Caminho Novo e o Capitão-Mór Manoel da Silva Reis recebeu a missão de distribuir, a pessoas de sua confiança, 13 sesmarias criadas na região. A 9ª sesmaria, no rio Bananal, foi destinada a João Barbosa de Camargo. Ele e sua esposa ergueram uma pequena capela dedicada ao Senhor Bom Jesus do Livramento num local considerado o marco inicial da localidade.

Após a abertura do Caminho Novo e com o esgotamento do ouro, a região foi ficando mais povoada e passou a viver da agricultura de subsistência, com produtos como cana-de-açúcar, feijão e milho.

A situação passou a mudar no início do século XIX, quando a cultura do café, baseada nas grandes propriedades de terra e no emprego da mão-de-obra escrava chegou à região. As terras férteis e o clima propício para o cultivo do “ouro verde” trouxeram pujança e mudaram a configuração política e administrativa. O Vale do Paraíba, que ficava a cargo de São Paulo, passou a ser desmenbrado em vilas. Primeiro, houve o desmembramento da Vila de Taubaté (1645), depois a Vila de Guaratinguetá (1651) e Lorena (1788). Bananal pertenceu a todas elas. Em 26 de janeiro de 1811, Bananal foi elevada à condição de paróquia. Após novo desmembramento, Bananal foi anexada à Vila de São Miguel das Areias em 1816.

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