Festival de Presépios Natalinos no Rio- Foto: Marcia Folleto (Agência O Globo) |
O costume de armar presépios abertos à visitação ainda se mantém, embora com menor intensidade. No Rio de Janeiro de tempos passados, quando não existia muito entretenimento e distração por toda a cidade, a visita aos presépios era um dos passeios mais interessantes e requisitados. No Rio de Janeiro existiram presépios famosos. Entre eles destacam-se o presépio do cónego Filipe, na Ladeira da Madre de Deus, o presépio dos Convento de Santo António, o presépio do Convento da Ajuda, e o presépio do Sarros que era armado na Rua dos Ciganos.
Em quase todas as cidades do Brasil existia algum presépio aberto para visitação. E nas residências particulares, algumas famílias também costumavam armar presépios de natal. Típicamente, os presépios eram fantasiosos, e iam muito além da cena da mangedoura. Muitos presépios eram animados, e pelo interior do Brasil viam-se miniaturas feitas em madeira, com monjolos, rodas dágua, pequenas serrarias e outros objetos em funcionamento ao longo dos cenários montados.
Muitos se utilizavam de núvens feitas de algodão para representar núvens ou neve, alguns ilustravam os céus sobre as miniaturas com estrelas e cometas. Geralmente sobre a cena da manjedoura pende a estrela que indica o caminho aos três Reis Magos, que então encontram o Menino Jesus, José e Maria.A fantasia e uma grande diversidade de miniaturas, geralmente fazem parte dos presépios, com diferentes tipos de animais, muitos figurantes, cenários de montanhas, lagos, estradas, pontes, moinhos, veículos a tração animal, e outros. Geralmente, estas miniaturas e motivações são inspiradas na cultura local, ou seja, nas atividades da vida cotidiana e atividades econômicas do local onde o presépio foi construído.
Geralmente é um espetáculo belo e fantasioso, e desperta a imaginação das crianças, e sensibiliza os adultos diante do esmero e da aplicação do ou dos artesãos que fizeram aquela arte e proporcionaram aquele espetáculo.