Surf em Praia de Itaúna - Saquarema-RJ - (Surfista: Jeremy Flores) Foto: Daniels Morigo |
Principais pontos de Surf no Rio
O Rio de Janeiro possui algumas das mais belas e famosas praias do mundo. Apesar de estarem sempre cheias, os amantes do surf não se sentem desprezados pelas praias da cidade. Muito pelo contrário… há ondas para quase todos os gostos. Na Zona Sul, em geral, os picos são um pouco mais inconstantes e só ficam bons em poucos períodos do ano. Devemos destacar que quando ficam bons, a qualidade da onda é de invejar muito gringo. Quando o mar está pequeno, os picos são perfeitos para iniciantes.
Na Barra e na Zona Oeste, geralmente a onda é mais forte e os picos funcionam com maior constância. Embora o mar fique pequeno às vezes, é recomendável que os aventureiros iniciantes saibam nadar bem, pois na maioria dos casos, a arrebentação fica longe da areia e há alguma correnteza.
Praia do Leme e Copacabana
A praia do Leme é a primeira praia do Rio de Janeiro que pode apresentar condições de surf. O canto esquerdo da praia é protegido por um paredão rochoso e quebra apenas em condições especiais. O melhor swell é o de leste, mas também pode funcionar com sudeste ou sul. O melhor vento é o de leste.
As ondas podem chegar até 2 metros nos maiores dias e a dica é tentar ir na maré mais alta, pois, quando está seca, elas ficam muito quebradeiras, surfáveis apenas por bodyboarders. O fundo é de areia e não é muito profundo. Também não há muita correnteza;
A praia de Copacabana raramente vai ter condições de surf. Os únicos pontos que podem surpreender são o posto 5 e o shore-break (laje na divisa de copacabana com o Diabo). O shore-break de copa, no entanto, por ter fundo raso de pedra e ondas fortes tubulares curtas para a direita, não é aconselhável para surfistas, apenas para bodyboarders. Para funcionar, o pico precisa de swell de sudoeste ou sul e vento de sul. Para chegar ao pico, é necessária uma remada de 5 a 15 minutos.
Praia do Diabo e Praia do Arpoador
O acesso a praia do Diabo é pelo próprio Arpoador ou pelo parque Garota de Ipanema. É uma praia parcialmente fechada por espaço militar e o acesso a areia só é liberado no canto direito. Entretanto, a água é livre para o surf e pode funcionar com ondas muito grandes e fortes em algumas partes do ano. Não é uma praia para iniciantes, pois também conta com correnteza e a formação das ondas é muito irregular.
Funciona com swell de sul ou sudoeste e vento de sudoeste ou sem vento. Quando o sudoeste acaba com a maioria das praias da Zona Sul, sempre vale uma conferida no Diabo. Grandes chances de encontrar ondas de meio metro quebrando. Nos maiores dias, as ondas chegarão a 1,5m e quebrarão para a direita e para a esquerda.
A praia do Arpoador, ou Arpex como dizem alguns surfistas, é um dos maiores símbolos da história do surf carioca, brasileiro e, talvez, mundial. Já recebeu importantes campeonatos de surf, como o WCT e o WQS e, junto com o Quebra-Mar, na Barra da Tijuca, foi um dos berços do surf no Rio. É um pico que pode agradar de iniciantes a especialistas, dependendo do dia, e pessoas de qualquer idade, porém, respeite os locais se você pretende cair lá.
O crowd também é muito grande e, por ser um dos cartões postais do Rio de Janeiro, há muitos banhistas, portanto, é recomendável o surf lá em dias de semana bem cedo para fugir dos horários de pico. Outra opção é o surf noturno, já que desde 1989 a praia possui refletores que aumentam a visibilidade noturna.
Praia de Ipanema e Praia do Leblon
As duas praias funcionam sob as mesmas condições, com exceção do canto direito do leblon que pode funcionar melhor. Tanto a praia de Ipanema quanto a praia do Leblon são muito inconstantes com formação muito irregular de ondas que geralmente são curtas, tubulares e quebram perto da areia, as famosas quebradeiras. Os melhores pontos são o posto 8 e o posto 11. Os melhores swells são os de sul e sudeste e o melhor vento é o de nordeste. As ondas chegam a 1,5m e quebram para os dois lados.
O canto do Leblon tem uma onda de muito mais qualidade do que o meio da praia. Também não é um pico para iniciantes. Quebrando para a direita, as ondas chegam a mais de 3 metros nas piores ressacas, mas normalmente ficam entre 0,5m e 1,5m. Os melhores swells são os de sul e sudoeste e o melhor vento é o de norte.
Praia do Pepino (São Conrado)
No canto esquerdo, as ondas são muito fortes e tubulares e, por isso, exigem muito do surfista em termos de posicionamento, remada e drop. Não é recomendada para iniciantes, pois além das qualificações já citadas, o surfista deverá ter muito controle de velocidade para saber a seção certa para sair do tubo sem tomar a onda na cabeça, se é que isso será possível. Caso resolva cair lá, respeite os locais. Os melhores swells são de leste e sudeste e o melhor vento é o de leste. As ondas chegam até 2 metros.
Praia da Barra e Praia da Reserva
A praia da Barra e a praia da Reserva não possuem pontos certos para o surf. Praticamente toda a extensão da praia é surfável dependendo das condições. O ideal é percorrer a praia de carro e observar o melhor lugar com as melhores ondas.
Na praia da Barra, os pontos são demarcados pelos postos 4, 5, 6 e depois o Alfabarra, já quase na reserva. É uma praia que recebe bem ondulação de leste, sudeste, sul e sudoeste. O melhor vento é o vento de norte. Resumindo, é difícil chegar na Barra e não encontrar nenhuma onda aproveitável.
Praia do Recreio
A praia do Recreio conta com várias valas no meio da praia nos dias de mar pequeno, direitas poderosas nos dias de swell grande e o pontal que é o canto da praia, totalmente protegido de ventos sudoeste. O canto da praia quebra melhor com swell de leste. Com swell de sul e sudoeste, as melhores ondas acabam ficando mais afastadas do canto. Dois pontos famosos são o posto 9 e a área em frente a rua Glauco Gil. O melhor vento é o terral de norte e as ondas variam de 0,5 até 3m nos maiores swells.
Fonte: adrenalina10.com