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Ciclo da Borracha - Foto/Reprodução: Amazon Tree Climbing |
Primeiro ciclo
O Pará apresenta uma economia sem relevância até cerca de 1880, quando começa o Ciclo da Borracha: muitos migrantes são recebidos, principalmente da Região Nordeste do Brasil, para realizarem a extração do látex em latifúndios pertencentes à elite da capital, Belém. Durante quase quarenta anos, Belém do Pará foi a residência de 'barões da borracha', onde foi construída até uma réplica de Paris pelo então prefeito Antônio Lemos: uma reforma urbana invejável até por Rio de Janeiro e São Paulo. A província tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Na década de 1910, termina o ciclo da borracha, voltando o Pará à pobreza: passando a ser apenas um mero fornecedor de matérias-primas para o sudeste brasileiro.
Segundo ciclo
Na Segunda Guerra Mundial, pelas mãos de Getúlio Vargas, foi criado o Banco de Crédito da Borracha para incentivar a retomada da extração de látex para a exportação, com a demanda dos Estados Unidos, o que ficou conhecido como o Segundo Ciclo da Borracha. Na mesma época, o governo estadunidense, interessado na localização estratégica de Belém, implanta importantes obras na capital, como o aeroporto, a vila militar e o Grande Hotel. Porém o segundo ciclo não tarda a findar: com a rendição do Japão, cessam os interesses militares dos Estados Unidos, são liberadas as colónias produtoras de borracha na Ásia, perdendo novamente a preferência pela borracha amazônica, sendo o Pará renegado outra vez à pobreza: intensifica-se o papel de fornecedor de matérias-primas para a crescente indústria da Região Sudeste do Brasil.