Vista panoramica de Diamantina - Foto: Leandro Neumann Ciuffo (Licença-cc-by-sa-2.0) |
Com quase três séculos de fundação, passando de povoado a arraial até chegar a município, Diamantina é uma cidade rica em história e tradições. Possui um patrimônio arquitetônico, cultural e natural rico e preservado. A formação do município está intrinsecamente ligada à exploração do ouro e do diamante. A ocupação inicial do território se deu com Jerônimo Gouvêa, que, seguindo o curso do Rio Jequitinhonha, encontrou, nas confluências do Rio Piruruca e Rio Grande, uma grande quantidade de ouro.
Por volta de 1722, começou o surgimento do povoado, sempre seguindo as margens dos rios que eram garimpados. A partir de 1730, ainda com uma população flutuante, o Arraial do Tejuco foi se adensando. Por meio da expansão de pequenos arraiais ao longo dos cursos d’água em direção ao núcleo administrativo do Tejuco, foi se formando o conjunto urbano de Diamantina, tendo como primeiras vias a Rua do Burgalhau, Rua Espírito Santo e Beco das Beatas.
Em 1938, o conjunto arquitetônico do Centro Histórico da cidade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e, no final da década de 90, veio o reconhecimento mundial: Diamantina recebe da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Atualmente, Diamantina é uma das cidades históricas mais conhecidas e visitadas do país. O casario colonial, de inspiração barroca; as edificações históricas; as igrejas seculares; a belíssima paisagem natural e uma forte tradição religiosa, folclórica e musical conferem uma singularidade especial à cidade.
Antes da chegada dos colonizadores portugueses, no século XVI (os primeiros relatos dão conta de expedições que subiram o Rio Jequitinhonha e São Francisco) , Diamantina, como toda a região do atual estado de Minas Gerais, era ocupada por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê.
Diamantina foi fundada como Arraial do Tejuco em 1713, com a construção de uma capela que homenageava o padroeiro Santo Antônio. A localidade teve forte crescimento quando da descoberta dos Diamantes em 1729. Em fins do século XVIII era a terceira maior povoação da Capitania Geral da Minas, atrás da capital Vila Rica (Ouro Preto) e com população semelhante a da próspera São João Del Rey. No século XVIII cresceu devido à grande produção local de diamantes, que eram explorados pela coroa portuguesa.
Foi conhecida inicialmente como Arraial do Tejuco (ou Tijuco) (do tupi tyîuka, 'água podre' ), Tejuco e Ybyty'ro'y (palavra tupi que significa 'montanha fria', pela junção de ybytyra ('montanha') e ro'y ('frio'). Durante o século XVIII, a cidade ficou famosa por ter abrigado Chica da Silva, escrava alforriada que era esposa do homem mais rico do Brasil Colonial, João Fernandes de Oliveira .
A cidade emancipou-se do município do Serro somente em 1831, passando a se chamar Diamantina por causa do grande volume de diamantes encontrados na região. A demora se devia à necessidade de maior controle local pelas autoridades coloniais visto que já em meados do século XVIII a população era maior que a da Vila do Príncipe do Serro Frio, cabeça da comarca. A vida em Diamantina no final do século XIX foi retratada por Alice Brant no seu livro Minha Vida de Menina, que se tornou um marco da literatura brasileira após ter sido redescoberto por Elizabeth Bishop.
Em 1938, Diamantina comemorou seus cem anos de elevação à categoria de cidade, recebendo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional o título de 'patrimônio histórico nacional'. E, no ano de 1999, foi elevada à categoria de 'patrimônio da humanidade' pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
Fonte: Ascom Prefeitura de Diamantina e Wikipédia