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História de Conceição da Barra
Cais de Conceição da Barra - Foto: Juniorzzi (Licenca-cc-by-sa-3.0)
Cais de Conceição da Barra - Foto: Juniorzzi (Licenca-cc-by-sa-3.0)

A História de Conceição da Barra iniciou-se em 1537 quando uma forte tempestade fez com que uma das naus portuguesas aportasse em um grande rio chamado pelos índios Guaianás de Kiri-kerê, o mesmo que dorminhoco. Esse nome foi dado devido à quietude das águas do rio, hoje denominado Cricaré. Em 1554, negros fugidos da Bahia e expedições portuguesas se refugiaram no litoral, aumentando, assim, o povoamento. Os Jesuítas também estiveram presentes em uma visita do Padre José de Anchieta, datada de 1596; mudou-se o nome do Rio Cricaré para São Mateus, passando a cidade a ser chamada de Barra de São Mateus.

Em 19 de setembro de 1891, quando de sua emancipação, a cidade passou a ser chamada de Conceição da Barra. Nota-se hoje a preservação da história local com o seu forte folclore convivendo com o progresso. Uma de suas festas mais tradicionais é o Ticumbí, um baile de Congo e festa guerreira, cuja cultura é passada de geração em geração. As dunas de Itaúnas foram se formando por volta de 1930 devido ao desmatamento da restinga com a exploração das madeiras e derrubadas das árvores do norte do Estado. No início dos anos 70, a movimentação de areia juntamente com ventos fortes e constantes soterrou a antiga Vila de Itaúnas.

Possuía, no passado, duas ruas e cerca de 300 casas, duas padarias, posto do Correios e escola. Seus habitantes foram forçados a se mudarem para a margem direita do Rio Itaúnas e hoje vivem da pesca e do turismo. O vento forte tem trazido ruínas de algumas antigas construções como a torre da velha Igreja de São Benedito vindo à tona vestígios de antigas civilizações. As dunas possuem 5 quilômetros no sentido Norte-Sul e 1 quilômetro Leste-Oeste. Com até 30 metros de altura, são a maior atração turística da região. Considerando o seu valor paisagístico, histórico e arqueológico as dunas, a vila de Itaúnas e parte do pântano, foram tombadas pelo Conselho Estadual de Cultura, em 1986.

Em 1991, o Governo do Estado criou o Parque Estadual de Itaúnas. Reúne diferentes ecossistemas como praias, dunas, restinga, manguezais, Mata Atlântica de Tabuleiro, alagados e o Rio Itaúnas. Possui uma área de aproximadamente 3.674,18 ha. Representa uma das poucas amostras que restaram da biodiversidade no norte capixaba. A pesca artesanal é uma das principais atividades econômicas da população. Com o meio ambiente preservado a abundância de peixes e camarões garantem essa atividade.

Existe um programa de Educação Ambiental na sede do Parque, na vila de Itaúnas, com exposição permanente da flora e fauna local e passeios nas trilhas das restingas para moradores e turistas. Nos 38 Km de praias desovam cinco espécies das tartarugas encontradas no Brasil. Nativos e profissionais do Projeto Tamar/IBAMA acompanham o processo. Nas dunas as pesquisas são feitas por arqueólogos.

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