Boi de Reis - Foto: Berg Vasconcelos |
O Boi de Reis é um auto em homenagem aos Santos Reis. É realizado no ciclo de Natal, prolongando-se até o dia de São Brás, comemorado no dia 03 de fevereiro. É dividido em duas partes: uma de louvação aos Santos Reis e outra de teatralização.
É a expressão folclórica mais popular da região Norte do Espírito Santo, sendo o 'Boi' a principal atração. O 'vaqueiro' conduz 'bichos' apavorantes - componentes do grupo que usam máscaras de lobos, fantasmas, lobisomens, cavalos-marinhos, e outras que fazem parte da memória coletiva. Assim que a bicharada entra em cena, as crianças fogem assustadas e ao mesmo tempo fascinadas. Este misto de medo e fascínio que garante a popularidade da celebração.
Com um bastão é entoada a marcha que rege o sapateado do vaqueiro, que usa roupa velha com paletó pelo avesso, bolso de fora e máscara. Após a exibição, ele pára ofegante, e discursa - conta de onde vem e relata acontecimentos que todos sabem, de forma satírica. Canta-se, então a chamada do 'Boi', que entra em cena dançando, fazendo graça, dando voltas e chifradas.
Em alguns grupos, terminada a cantoria, ocorre a morte e ressurreição do Boi. Assim que estrela da festa cai no chão o sanfoneiro puxa a música para que seja feita a divisão do boi. Um coro canta um refrão a cada pedaço vendido. Cada grupo possui a sua própria cantoria. Os instrumentos utilizados são a sanfona e o pandeiro