Cachoeira de Hidrolândia (Iuna) - Foto: Capixaba da Gema |
Fragmentos de florestas primárias, faixas de restinga e paredões rochosos de impressionar. O Espírito Santo abriga belezas de grande relevância ambiental. A variedade de ecossistemas e a diversidade de espécies da fauna e da flora destacam o bioma Mata Atlântica, presente em todo o território capixaba, como um dos mais ricos, mas também como um dos mais ameaçados de todo o mundo.
Para contribuir com a preservação da biodiversidade, oferecendo melhoria da qualidade de vida aos capixabas, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) gerencia 17 Unidades de Conservação (UCs), totalizando mais de 56 mil hectares. Seis destas unidades são classificadas como Parques Estaduais. Esta categoria de UC tem como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande importância ecológica e beleza cênica, mas possibilitando a realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e de turismo ecológico.
Um faixa contínua de restinga, um dos ecossistemas mais ameaçados da Mata Atlântica, é preservada em Guarapari. O Parque Estadual Paulo Cesar Vinha (1.500 ha) foi criado em 1994 e possui o nome do biólogo assassinado, em 1993, por atuar contra a extração de areia na região. Seu território é circundado pela Área de Proteção Ambiental de Setiba (12.960 ha), que funciona como sua zona de amortecimento e visa conservar a região do arquipélago das Três Ilhas, onde foi registrada uma das maiores biodiversidade de ecossistemas marinhos do Brasil.
As unidades estaduais abrigam também cenas de cartões-postais capixabas. É o caso da Pedra Azul, em Domingos Martins, e da Cachoeira da Fumaça, em Alegre, que estão localizadas em Parques que levam o nome de seus pontos turísticos.
O Parque Cachoeira da Fumaça (161,5 ha) teve sua área ampliada em fevereiro de 2009, quando a queda d’água de mais de 144 metros foi integrada ao seu território. Já o Parque da Pedra Azul (1.240 ha) encanta por suas formações rochosas granito e gnaisse e por suas piscinas naturais, cujo acesso é feito por meio de escalada. O Parque de Itaúnas (3.481 ha), em Conceição da Barra, abriga restingas, mangues e fragmentos florestais em extinção no Espírito Santo como as matas de tabuleiro. Outro destaque é a extensão expressiva do rio Itaúnas, que passa no interior da unidade, e a mais representativa região de alagados do Espírito Santo.
A unidade atrai visitantes de todo o país em virtude de suas praias e, principalmente, dunas, que ainda escondem resquícios da antiga Vila de Itaúnas soterrada pela areia na década de 70. A praia do Riacho Doce tornou-se famosa em todo o Brasil por seu aspecto preservado e suas águas quentes. Uma atração à parte são os seus 23 sítios arqueológicos, locais de concentração de vestígios de assentamentos humanos pré-históricos como pedras lascadas, cerâmica indígena e diversos artefatos da época da colonização do Brasil.
E no município de Castelo, conservando consideráveis fragmentos florestais, há ainda os Parques Estaduais de Mata das Flores (800 ha), onde há presença de mata em estágio primário, e de Forno Grande (730 ha), que abriga o pico de Forno Grande.