Vista do Balneario de Ubu - Foto: Hvl (Licença-cc-by-sa-3.0) |
O potencial turístico de Anchieta é vasto. Ao lado dos recursos históricos que podem ser explorados, é possível também encontrar uma gama de atrativos naturais de grandes encantos e inegável aproveitamento turístico. Em seus belíssimos balneários, praias limpas e convidativas, algumas ainda virgens, estão garantidos lazer e entretenimento para banhistas e adeptos dos mais variados esportes náuticos.
O município de Anchieta possui aproximadamente 30 Km de extensão litorânea, de configuração variada e recortado por enseadas, cabos, falésias e manguezais, os quais enriquecem sua paisagem, abrangendo 23 praias.
Principais Pontos Turísticos de Anchieta:
Cachoeiras
Nas regiões rurais do Município existem algumas localidades que possuem atrativos turísticos naturais, é o caso da localidade de Alto Joeba – com a Cachoeira da Luz, a Cachoeira do Cafundó e Cabeça Quebrada na divisa com Guarapari.
Monte Urubu
Pico culminante com 332m a leste do município, à margem esquerda dos rios Benevente e Salinas. O acesso ao monte pode ser feito através de carro, bicicletas ou a pé. É um local que permite aos ecoturistas e amantes da natureza um belíssimo passeio através das caminhadas e trilhas. No ponto culminante existe uma clareira, onde se pode ter uma bela visão da natureza.
Atrativos culturais e fé
A cidade de Anchieta não tem como herança valiosa somente suas belíssimas praias, mas tem como referencial a sua história da qual fazem partes grandes vestígios, deixados pelos homens em suas comunidades. Esses vestígios são construções, templos, monumentos, estradas e portos. Enfim, é tudo que o homem cria e faz para melhorar as suas condições de vida e que, ao longo dos tempos, assinala sua presença numa localidade, constituindo assim sua história que fica preservada e registrada nesses testemunhos do passado.
Anchieta é uma cidade que possui muitos testemunhos de sua memória histórica, como a secular Igreja nossa Senhora da Assunção, edificada no século XVI, que possui anexo o museu nacional São José de Anchieta. Outros monumentos são a Casa da Cultura, as Ruínas do Rio Salinas, os Poços Jesuíticos, o Colégio Maria Mattos dentre outros, como casas e sobrados, que formam o patrimônio histórico de Anchieta, os quais abrigaram os primeiros colonizadores da cidade.
Santuário Nacional São José de Anchieta
A Igreja Nossa Senhora da Assunção que é uma das mais antigas do Brasil. Monumento histórico, que segundo a tradição, sua construção se deve ao santo São José de Anchieta. É composta por um conjunto histórico – Igreja de Nossa Senhora da Assunção e a antiga residência do “Apóstolo do Brasil”, hoje Museu Nacional de Anchieta. Construída no século XVI, provavelmente ela não estava totalmente pronta quando ele faleceu, no ano de 1597.
Isso explica o fato de Anchieta não ter sido sepultado nela como era costume dos jesuítas, e sim, na igreja de Santiago, em Vitória, que é hoje o Palácio Anchieta, sede do Governo do Estado. Só depois de algum tempo toda a obra ficou concluída. A edificação da Igreja foi feita com o trabalho dos índios catequizados. Na obra, empregaram-se pedras e blocos de recife presos com argamassa feita com óleo de baleia. Era desta maneira que os jesuítas construíam seus templos no Brasil.
Junto à Igreja, construiu-se a residência dos padres. Ainda hoje quem observa a histórica edificação, no alto do morro sobre a foz do rio Benevente, nota que sua fachada é formada pela Igreja e pela antiga residência dos jesuítas. Nessa residência moravam os padres, para darem melhor assistência aos numerosos índios da aldeia de Rerigtiba. Acredita-se que o Padre Diogo Fernandes, companheiro de Anchieta, tenha sido o primeiro jesuíta a ser enterrado na Igreja de Nossa Senhora de Assunção.
O edifício também constitui atualmente, precioso patrimônio histórico onde funciona o Museu Anchieta. Na espaçosa praça, em frente à matriz, encontra-se, desde 1922, o busto de bronze do Padre José de Anchieta. Quando se deu a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, a igreja de Nossa Senhora da Assunção tornou-se a Matriz da vila Benevente. Os cômodos da residência onde tinham morado os padres passaram a servir de Câmara Municipal, cadeia pública, Fórum e aposentos do Juiz da Vila.
Pessoas importantes, de passagem por Benevente, hospedaram-se ali. Em 1860, o Imperador Dom Pedro II, ao viajar pelo Espírito Santo, visitou o histórico edifício. Desde a expulsão dos jesuítas, foram muitas as obras feitas, tanto na Igreja, como na antiga Residência Jesuítica, modificando a construção original.
Museu Nacional Padre José de Anchieta
O Museu Nacional Padre José de Anchieta, anexo à Igreja Matriz de Nossa Senhora da Assunção, constitui também preciso patrimônio histórico do município. Ali podem ser vistos móveis antigos que pertenceram ao padre Anchieta, peças arqueológicas, roupas, a cela do padre e a relíquia de um de seus ossos e inúmeros outros grandes objetos de valor religioso.
O museu é aberto à visitação de terça a domingo das 7h às 19 horas.
Casa da Cultura
A Casa da Cultura de Anchieta localizada na sede, na rua Presidente Vargas número 161, constitui um dos patrimônios histórico-culturais do município de Anchieta construído em 1927. Inicialmente era a sede da prefeitura municipal, a Câmara dos vereadores e o Fórum. A partir de 1989 deixou de ser a sede da prefeitura e continuou sendo a Câmara Municipal até 1995. Atualmente funciona apenas como Casa da Cultura, muito visitada por estudantes, que a procuram como fonte de informações a respeito da história do município e de seus colonizadores.
Ali podem ser vistos documentos, fotos, cartas, que relatam a nossa história, alguns objetos pertencentes e utilizados pelos colonizadores e personalidades importantes que viveram ou passaram pelo município. Podem ser vistos ainda, livros com mais de cem anos (com raridades como assinaturas, fotos e documentos), todas as obras do padre Anchieta, todas as obras escritas a respeito dele e todas as obras dos jesuítas até 1759. No andar térreo abriga um mini-teatro onde são realizadas várias exposições.
Ruínas do Rio Salinas
As Ruínas do Rio Salinas, localizadas à margem esquerda do rio Salinas, afluente do rio Benevente, se destacam do ambiente natural em que se situam não só pelo engenho humano que representam, mas, também pela imponência de suas formas, pela harmonia de suas proporções e pela sequência rítmica do conjunto de pilares e colunas, algumas redondas e outras quadradas. Construção em alvenaria de pedra, argamassa com uma mistura heterogênea, em que se destacam as pequenas conchas de Anchieta, as Ruínas se alçam do solo a partir de um sistema estrutural básico de colunas e paredes de vegetação.
Voltadas para a ponte, as Ruínas do Rio Salinas emergem como um objeto na grande paisagem territorial que a envolvem. Composta de 32 colunas que, acredita-se também formava uma antiga salina clandestina. Como Chegar. Situada a poucos quilômetros da cidade de Anchieta, no meio de um bosque de eucaliptos, pode-se chegar às ruínas pela estrada de rodagem ou pelo rio Benevente, sendo este um passeio agradável onde se pode apreciar a beleza da fauna e flora em torno do manguezal.