Centro de Convenções do Othon - Foto: Marina Silva (Correio24horas) |
'Sem Centros de Convenções na cidade nós ficaremos muito prejudicados, principalmente na baixa estação. Alguns eventos ou terão que mudar de data ou de cidade', explicou Sílvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação do Estado da Bahia -FeBHA.
Além da demissão de mais de 240 funcionários, o trade turístico acredita que um dos maiores impactos do fechamento do Bahia Othon Palace Hotel é a perda de mais um Centro de Convenções na capital baiana.
O Centro de Convenções da Bahia (CCB) não tem um destino desde que desabou parcialmente, em 2016. Um novo Centro de Convenções - dessa vez do município de Salvador - está sendo erguido próximo ao antigo CCB, na orla da Boca do Rio, e será inaugurado no fim de 2019. Mas, agora, a cidade perde mais um espaço: o Centro de Convenções do Othon pode receber 2,5 mil pessoas.
“Além do CCB, nós tínhamos quatro Centro de Convenções para atrair congresso para cá: o do hotel de Stella Mares, o do Fiesta, Pestana e do Othon. Havíamos perdido 25% com o fechamento do Pestana, há três anos, e agora perdemos metade. Sem Centros de Convenções na cidade nós ficaremos muito prejudicados, principalmente na baixa estação. Alguns eventos ou terão que mudar de data ou de cidade”, explicou Sílvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação do Estado da Bahia (FeBHA).
Pessoa ainda explicou que Salvador e o próprio estado ficam prejudicados na concorrência com outros destinos do Nordeste. O presidente do Salvador Destination, Roberto Duran, criticou o “grande silêncio” da diretoria do Othon, que não explicou o motivo do fechamento. “O mercado vai sentir bastante agora porque [o Centro de Convenções do Othon] é um equipamento de fundamental importância a este segmento [de negócios e eventos] em Salvador”, destacou Duran.
Para o coordenador da Câmara Empresarial do Turismo da Fecomércio-BA (CET), José Manoel Garrido, o Othon é um “ícone da hotelaria baiana” e deixa uma “imensa lacuna”.
O vice-presidente da Agência Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abav-BA), Jorge Pinto, explicou que para agências organizadoras de turismo, de congresso e negócio, o fechamento do Centro de Convenções tem um impacto muito negativo.
“Estamos torcendo para que essa situação seja logo resolvida. Tem alguma coisa que, na realidade, está fora de sintonia para saber do motivo do fechamento ou se tem negociação envolvida que a gente não sabe”, disse.
Jorge Pinto destacou, no entanto, que novos empreendimentos estão vindo ou já chegaram na capital, como o hotel Riviera, Fasano e Faro Inn. “O impacto do Othon, no entanto, é explícito quando dizemos que ele está com mais de 90% de ocupação por conta de um congresso que está sendo realizado no local”, destacou.
Extração do jornal Correio 24horas