Prova de Canoagem em Belém-Pa - Foto: Francenildo Ribeiro (arquivo pessoal) |
Esportes Radicais no Pará
Desde a década de 80 que os chamados esportes de aventura ou esportes radicais começaram a ganhar força no Brasil, principalmente em alguns estados das regiões sul e sudeste. Nos últimos 20 anos foi registrado um crescente número de praticantes em outros pontos da paisagem brasileira. O esporte aventura associou-se à luta ambientalista da preservação e conservação da natureza, inserido no movimento ecológico mundial.
Hoje, este filão esportivo vem exigindo investimentos e responsabilidades, inclusive cível, por parte daqueles que são fanáticos por esse tipo de desporto, tendo como apoio e referência a paisagem natural e os recursos por ela proporcionados. O que era simples lazer abriu espaço ao profissionalismo dos praticantes. A questão da segurança tornou-se item fundamental. Fortaleceu-se o companheirismo através do trabalho de equipe em várias modalidades. Nos anos 90 o esporte radical começou a criar trilhas no ambiente amazônico.
O 'surf na Pororoca' no município de São Domingos do Capim, nordeste do Pará, atrai atenção da mídia mundial pelos desafios e pela forma exótica como é praticado. Descobriu-se que no Pará, pela sua singular natureza, com florestas, rios, cachoeiras, matas, cavernas e áreas rochosas, existem, de fato, novos caminhos aos adeptos dos esportes radicais. Aliás, na Amazônia, esse tipo de aventura lúdica, com a exploração dos seus recursos naturais, já representa uma atração turística e deverá gerar divisas, com o destaque de fortalecer a comunhão do homem com a natureza.
As opções vão desde as florestas de terra firme e várzea, as corredeiras no Rio Iriri, afluente do Rio Xingu, e em outros rios para a prática da canoagem, as cachoeiras em Alenquer, no Rio Trombetas e no Rio Jari, as cavernas pré históricas de Monte Alegre, aventuras em lagos, furos, paranás e igarapés, subir em árvores de grande porte, escalar dunas e morros, realizar caminhadas no litoral paraense e manobras radicais com barcos à vela em ilhas no entorno de Belém.
Todo este patrimônio paisagístico, cultural e ambiental nos coloca nesta geografia dos esportes radicais e propõe até novas modalidades esportivas assegurando que o Pará é radical por natureza.