Encontro do mar com o Rio Caraíva - Foto: Tayse Argolo - Setur-Ba |
Praias
Para chegar às praias, vai-se a pé, de barco ou a cavalo. Praticamente desertas, as praias do norte são delimitadas por falésias. A pesca é praticada na praia, nos arrecifes e no rio Caraíva, onde o robalo e a caranha são muito cobiçados pelos pescadores. É possível alugar barco na vila, porém não há aluguel de equipamentos.
Trekking
Caminhar na praia nas primeiras horas da manhã é um bom programa. Como a vila fica numa ponta, na margem direita e, ao mesmo tempo, na foz do rio Caraíva, logo se chega à divisa do Parque Nacional de Monte Pascoal, com seus 8 km de praias desertas que se estendem para o sul até a foz do rio Corumbau, já nos limites dos municípios de Porto Seguro e Prado. Seguindo na direção norte, o roteiro começa com a travessia do rio, de canoa. É possível caminhar entre o mar e as falésias, desde a praia de Juacema até a praia do Espelho, por cerca de 3 km.
Passeio Histórico
Cercada por fortes símbolos ligados aos momentos iniciais do Descobrimento, Caraíva é banhada pelo Oceano Atlântico e pelo rio que lhe dá o nome, o antigo rio Cramimuan, identificado com diversos nomes e grafias. Antigo vilarejo indígena de Cramimoã, tinha suas características preservadas ainda em 1816, quando aí esteve a expedição naturalista do príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied. Sobre sua chegada ao local, o príncipe escreveu: “O sol já se punha quando alcançamos o vilarejo índio de Cramimoã, que foi construído, por ordem do ouvidor, num morro à margem do rio, servindo mais como destacamento militar, com o nome de Quartel da Cunha, para segurança da região.
Não foi pequeno o espanto dos índios ante tão desusada e tardia visita de uma tropa carregada a esse lugar solitário. Logo se juntaram em torno para conversar conosco, enquanto a nossa gente acendia a fogueira numa cabana isolada. Vivem eles de suas plantações, da pesca no rio e no mar, tirando da floresta estopa e embira, que vendem em Porto Seguro”.