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Pontos Turísticos em Porto Seguro
Réplica da Nau de Pedro Alvares Cabral - Foto: Tayse Argolo - Setur-Ba
Réplica da Nau de Pedro Alvares Cabral - Foto: Tayse Argolo - Setur-Ba

Ecoturismo

Reserva Indígena da Jaqueira
Um imenso tronco de jaqueira, tombado pela própria ação da natureza, representa a volta às origens e serve de referência histórica e cultural dos ancestrais da tribo Pataxó às famílias que se mudaram recentemente para esta reserva de 827 hectares. As ocas, espalhadas em meio à Mata Atlântica primária, têm o formato original, passando para o visitante a exata sensação de estar nas terras de -pindorama-.

Engajados na proposta de desenvolvimento sustentável, os Pataxós da Jaqueira começam a receber visitantes dentro de um programa de ecoturismo, o Proecotur – primeiro projeto implantado em aldeia indígena abrangendo diversas atividades em preservação ambiental, afirmação cultural e ecoturismo. Vestidos e pintados a caráter, os índios recebem os visitantes no local chamado quigeme, um grande círculo coberto onde acontecem os rituais. O índio Capimbará faz uma explanação sobre a cultura do seu povo, a proposta de preservação da área, seus costumes, a vida na aldeia e sua culinária.

Os turistas têm a oportunidade de praticar jogos de arco e flecha, adquirir artesanato confeccionado na própria tribo, fazer trilhas e ainda experimentar a culinária típica, como o peixe assado na folha da patioba ou pati, palmeira delgada de cujo tronco se tiram cordas para atar as redes. Existem duas opções de trilhas: a mais extensa leva duas horas para ser percorrida por entre a Mata Atlântica; a outra, mais curta, de aproximadamente 40 minutos, conduz o visitante a conhecer as práticas agrícolas, a caça e o cultivo das plantas medicinais.

No final do programa, a comunidade indígena convida todos a participar do Auê, um ritual de agradecimento a Iamissun, o criador, representado pela soma dos quatro elementos da natureza. O agradecimento aos visitantes vem em seguida, na dança do Passarinho, onde todos se confraternizam.
Duração: 3 horas
Dicas: Utilizar roupas leves, largas e resistentes - calça comprida, tênis ou botas confortáveis. Vale a pena levar máquina fotográfica e/ou filmadora para registrar os rituais indígenas.
Para agendar visitas à Reserva, fazer contato com antecedência com a Associação Pataxó de Ecoturismo. A Reserva recebe até 48 pessoas por dia.
Como Chegar: Sair de Porto Seguro pela rodovia BR-367, pecorrer 8 Km em direção a Santa Cruz Cabrália. Em frente à praia do rio dos Mangues ou Barramares, entrar à esquerda e seguir pela estrada de terra, por cerca de 1 km, até a entrada da reserva.

Barreiras Vermelhas Juricuara / Barreiras Brancas de Juacema
Encostas íngremes de rochas sedimentares em constante processo de erosão, com cerca de 40 metros de altura, as falésias refletem, ao nascer do sol, tons de rosa e vermelho, garantindo um espetáculo deslumbrante para quem caminha ao amanhecer. A caminhada tem sabor de descoberta, ao lembrarmos que estas são as primeiras encostas a entrarem para a história do Brasil.
Duração: tempo livre.
Dica: É mais prudente fazer esse roteiro na maré baixa, ideal para o banho graças à formação de piscinas naturais.
Como Chegar: A pé ou de barco, são 3,5 km a partir de Caraíva. Também é possível chegar até essa praia através do Condomínio Outeiro das Brisas, por 7,5 km, mas o acesso é restrito a proprietários e convidados.

Aldeia Pataxó de Barra Vermelha
Entre o mar e a mata, em uma pequena elevação, vivem 280 famílias da tribo Pataxó que, na região, estão entre as mais afastadas do contato com o homem branco. Vivem da pesca, da agricultura e da venda de artesanato aos visitantes, que chegam a pé ou a cavalo. A aldeia fica no Parque Nacional de Monte Pascoal, a 6 km de Caraíva e pode ser alcançada pela praia – em um dos trechos mais belos e desertos da região - ou pela mata, subindo o rio Caraíva de barco até a ponte do Boi e daí seguindo a pé ou a cavalo pela restinga. A paisagem é deslumbrante e, durante todo o percurso, avista-se o Monte Pascoal. A aldeia possui uma biblioteca e um centro cultural onde os índios recebem os visitantes e desenvolvem seus rituais.
Duração: 4 horas. Ao todo, são 12 quilômetros de cavalgada, atravessando o parque na ida e voltando a Caraíva pela praia, ou vice-versa.
Dica: Em Caraíva ou na Fazenda Santa Edwiges, logo acima da ponte do Boi, é possível alugar cavalos e percorrer o Parque até a aldeia de Barra Velha.
Beba água de coco e compre artesanato indígena.
Como Chegar: A partir de Caraíva, são 6 km de caminhada ou cavalgada, na direção sul.

Outeiro da Glória
Do alto da falésia, descortina-se a paisagem da cidade em outro belo ângulo. No local, há as ruínas do que teria sido a Igreja de São Francisco, onde estaria sepultada Ynaiá, a índia que morreu apaixonada por um tripulante da esquadra de Gonçalo Coelho. Na versão popular, a Igreja de São Francisco foi a primeira construída no Brasil, em estilo barroco, provavelmente em 1504 e começou a arruinar-se em 1730.

Conta a lenda que, dois anos depois de construída, foi destruída pelos índios que culpavam os portugueses pela morte de Ynaiá. Essa índia, irmã do chefe indígena Abaitara, da tribo dos Aimorés, vivia em Caraíva, ao sul de Porto Seguro. No início de 1503, a expedição de Gonçalo Coelho, vinda de Portugal com a missão de fiscalizar a costa brasileira, aportou na foz do rio Corumbau, fazendo contato amistoso com os índios e partindo em seguida na direção de Porto Seguro. Ynaiá apaixonou-se por um tripulante e fugiu da tribo em busca do seu “homem branco”.

Quando chegou a Porto Seguro a esquadra já havia partido e Ynaiá morreu apaixonada. Lenda ou história, a verdade é que existe uma estátua dessa índia na avenida 22 de Abril, em frente ao cais da Tarifa, na Cidade Baixa de Porto Seguro, em homenagem ao primeiro amor da mulher selvagem da terra de Santa Cruz pelo homem civilizado.
Duração: 1 hora
Dica: Depois de visitar o local, confira a estátua de Ynaiá na cidade baixa e faça pose para uma foto ao lado da índia apaixonada.
Como Chegar: Seguir 1,3 km pela BR-367 em direção ao litoral norte, entrando à esquerda na avenida João da Sunga e percorrendo mais 800 metros pelo loteamento Outeiro da Glória, até as ruínas.

Horto Histórico-Florestal do Rio da Vila
O rio da Vila foi durante muitos anos a fonte de abastecimento da cidade de Porto Seguro. As nascentes existentes no local, por serem próximas ao primitivo aldeamento do Outeiro da Glória, foram palco de parte da história do Brasil. Já no século passado, durante décadas, suas águas foram transportadas em barricas no lombo de jegues, vendidas de porta em porta e, posteriormente, por meio da distribuição da concessionária.

Tratando-se de uma área de importância ambiental e histórica, o principal objetivo é desenvolver um programa histórico-ambiental, através de trilhas que integrem a cidade histórica ao Horto Florestal e às ruínas do Outeiro da Glória. Este último encontra-se em estudo arqueológico, buscando, assim, tanto a valorização da Mata Atlântica preservada no centro urbano, quanto o local da primeira igreja do Brasil.

O Horto foi criado pela lei municipal de nº 318/99 de 8 de junho de 1999. Encontra-se em ótimo estado de preservação, sua área é caracterizada pela vegetação de Mata Atlântica de encosta, manguezal e algumas espécies introduzidas. O Horto Histórico-Florestal do Rio da Vila encontra-se a 2 km do centro de Porto Seguro, na praia do Cruzeiro. Alguns exemplares da sua flora e fauna: gameleira, ingá, landirana, embaúba, cajá, angelim, mangue vermelho, murici; caranguejo, guaiamum, sagüi, bem-te-vi, sabiá, jaracuçu, jararaca, garça, tatu, papagaio, pica-pau, borboletas, entre outros.

Ilhas

Ilha Asa Pequena
Esse tour ecológico consiste em subir o rio Buranhém para um safari fluvial em pequeno barco, em grupos de no máximo 10 pessoas, para fotografar pássaros e fazer trilha na mata.
Duração: tempo livre
Como chegar:Saindo de Porto Seguro, subir o rio Buranhém de barco por 6 km.

Ilha do Pirata
Considerado um dos mais sofisticados centros de aquários da América do Sul, a Ilha do Pirata é um centro de lazer temático que combina preservação da natureza e da biodiversidade marinha, através de aquários gigantescos, com uma superestrutura de lazer noturno. Fica na Ilha do Pacuio, no rio Buranhém e o acesso é feito exclusivamente por barco. Aquários, orquidário, viveiro de bromélias, galeria de arte e um centro de educação ambiental são alguns dos componentes do empreendimento que tem como atração quatro aquários suspensos ao ar livre e com uma iluminação especial dando a impressão que o fundo do mar mudou-se para o céu.

O maior deles tem capacidade para 220 mil litros e é um dos maiores da América do Sul. Nele, podem ser apreciados peixes grandes, como tubarão, arraia, moréia, badejo, etc. Nos três outros, com capacidade para 22 mil litros cada um, foi recriado o ambiente marinho com recifes de corais, esponjas e pequenos peixes coloridos. O projeto abriga ainda uma praça de eventos onde funciona restaurante, lanchonete, bar e área para shows de música e dança, sempre a partir das 21 horas.

O cumprimento das exigências ambientais é o grande diferencial do empreendimento. Para isso, estão sendo reconstituídos os manguezais, como forma de proteger e preservar este ecossistema. Um viveiro de mudas de plantas dos manguezais está incorporado ao Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas, que abrange, não só a ilha, mas todo o município.
Dica: O embarque para a ilha pode ser feito a partir das 18 h, em escuna, ao lado do atracadouro da balsa que faz a ligação Porto Seguro-Apaga Fogo.
Duração: tempo livre
Como chegar: O transporte para a ilha do Pacuio é feito por escunas da Cia. do Mar e balsas da Rio Nave, a partir do atracadouro de Porto Seguro. O trajeto dura 10 minutos.

Mergulho

Mergulhar em Porto Seguro
A época ideal para mergulhar na Costa do Descobrimento é de dezembro a março, quando a água está cristalina. Em toda a costa os recifes se espalham, oferecendo condições especiais para quem faz mergulho livre ou autônomo. As reboleiras (montanhas submarinas) do Taípe, da Ajuda e da Itapororoca, em Trancoso, são cenários belíssimos. Em Caraíva existem duas boas opções: os arrecifes da Ponta do Corumbau e a Pedra de Tatuaçu – formação recifal a cerca de 2 milhas náuticas, que na maré baixa fica aparente. Para a pesca submarina, os melhores locais são o Pedra Rica, Parcel do Itacipucu e as barras dos rios Buranhém, Frades e Caraíva.

Rios

Rio Buranhém
É o principal rio que atravessa o município, separando a sede do Arraial D’Ajuda. Sua foz fica entre as praias do Cruzeiro e do Apaga-Fogo. A travessia é feita por balsa. A partir de Porto Seguro ou do Arraial é possível alugar barcos para subir o rio e conhecer diversos ecossistemas e ilhas fluviais.
Duração: tempo livre
Dica: na Casa da Lenha, em Porto Seguro, é possível contratar um passeio fluvial com barqueiros.
Como Chegar: De barco, a partir do atracadouro de Porto Seguro.

Rio dos Frades
Ou do Frade, recebeu esse nome por ter aí se afogado um dos dois frades franciscanos, italianos que teriam desembarcado em Porto Seguro em 1515. Alguns historiadores defendem a hipótese de ter sido aí, e não no rio Caí, o ponto de contato entre o navegador Gonçalo Coelho e os índios. Além da paisagem litorânea, o rio dos Frades oferece um cenário de beleza ímpar no vale do mesmo nome, especialmente na época das cheias, quando sai do leito, inundando toda a várzea povoada de garças.

Trekking

Caminhar por Porto Seguro
Caminhar faz parte das principais opções ecoturísticas na região. Os 76 km de faixa litorânea entre o Arraial D’Ajuda, Trancoso e Caraíva são excelentes para trekking.
Vale Verde – percurso de 23 km pela mata.
Trancoso – percurso de 30 km pela mata.
Trilha Ecológica Manoel Ribeiro Carneiro – fica na fazenda Tororão, ligando a praia ao Arraial, através de trechos de mata nativa.
De Caraíva para:
Ponta do Satu – praia de coqueiros, a 3 km.
Curuípe – seqüência de praias desertas com mata e falésias, a 9 km.
Aldeia Indígena de Barra Velha – percurso de 6 km.
Corumbau – costeando o Parque Nacional de Monte Pascoal, a 12 km.

Unidades de conservação

Parque Nacional de Monte Pascoal
Foi o primeiro ponto do litoral brasileiro avistado pela esquadra portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral, em 1500. A primeira imagem registrada do Brasil foi, sem dúvida, a silhueta do Monte Pascoal, ponto mais alto que se destaca no horizonte da Costa do Descobrimento. Fica no centro do parque, com 536 metros de altura, distante 32 km do mar em linha reta e com muito verde ao seu redor.

Junto aos dois outros parques nacionais, do Pau Brasil e do Descobrimento, o Parque Nacional de Monte Pascoal forma o corredor ecológico da Costa do Descobrimento. Com relevo plano e ondulado, o Parque Nacional de Monte Pascoal é o único no Brasil que abrange de uma só vez matas de encostas e atlântica, com 8 km de praias, onde recifes, falésias, dunas, restingas, desembocaduras de rios e planícies se alternam, compondo a belíssima paisagem.

Após meio milênio, a paisagem continua quase inalterada: a predominância é da Mata Atlântica, onde estão preservadas espécies raras e famosas da flora e da fauna nativas, com árvores centenárias como o pau-brasil, jequitibá, jacarandá-cabiúna, maçaranduba e outras madeiras de lei. Há uma grande diversidade de ecossistemas de transição entre o litoral e a mata úmida, formados por restingas, manguezais, capoeiras e falésias. Os rios Caraíva e Corumbau, que nascem na Serra do Espinhaço, passam pelo parque e são navegáveis a partir da foz, em pequenas embarcações.

A mata exuberante abriga grande diversidade de animais em extinção, como a onça, a suçuarana, o gavião-de-penacho, sabiá-da-mata, curió, capivara, anta e o gavião-pega-macaco, preguiça-de-coleira, caxinguelê e ouriço preto. São 10 mil espécies de plantas, 131 espécies de mamíferos, 166 de aves, 57 de roedores, 183 de anfíbios, 143 de répteis e 21 de primatas.

Criado em 1943 por decreto estadual, originalmente o Parque Monumento Monte Pascoal tem em seus limites, a leste, o Oceano Atlântico, ao norte, a margem direita do rio Caraíva, da sua foz até o rio Guaxumã, a oeste, a nascente do Guaxumã até o rio Corumbau e, ao sul, a margem esquerda do rio Corumbau. O Decreto Federal n° 242, de 29 de novembro de 1961, recriou o Parque Nacional de Monte Pascoal com uma área de 22.500 hectares, incluindo os 6.000 hectares da reserva Pataxó de Barra Velha e a mais importante mata protegida ao sul da Bahia, a Mata Atlântica.

Existem quatro aldeias distribuídas na área do parque onde vivem aproximadamente 500 famílias na Barra Velha, Boca da Mata, Meio da Mata e na entrada do parque. Atualmente 8 índios servem de guia para percorrer o interior do parque, que oferece pelo menos duas trilhas: até o Centro de Visitantes na praça do Céu Azul, num percurso de 700 metros entre árvores centenárias e até o cume do Monte Pascoal, numa longa e íngreme caminhada de 1500 metros. No meio do caminho, exatamente na bifurcação entre as duas trilhas, situa-se o Monumento da Resistência, edificado pela própria comunidade, simbolizando a luta de todos os povos indígenas pela demarcação de suas terras, pela preservação da sua história e sua cultura.

Durante a caminhada os índios/guias identificam as espécies vegetais e animais, as plantas medicinais e seu uso, contam histórias do seu povo e lendas sobre a mãe do mato, a caipora, o bicho homem (o homem da mata), a onça invisível (uma índia velha) e maracatumba. Em dia claro, sem nebulosidade, é possível avistar o mar do topo do monte.
Duração: 1 dia
Dicas: O Parque está inserido na porção sul do município de Porto Seguro. É administrado pelo Ibama e possui Plano de Manejo. A cidade de Itamaraju, a 30 Km do Parque, serve de apoio turístico.
A visita ao parque só pode ser feita durante o dia, das 7 às 18 horas, não é permitido o pernoite em acampamentos.
Como chegar: Sair de Porto Seguro por 65 km pela rodovia BR-367, até Eunápolis. Continuar pela BR-101 por 76 km, passando pela cidade de Itabela até o entroncamento com a BR-498, com acesso exclusivo ao Parque Nacional de Monte Pascoal, seguindo mais 15 km até a sede do parque.

Parque Marinho Recife de Fora

Durante a maré baixa os recifes do parque afloram, exibindo piscinas que se formam entre os 17,5 km2 de corais. Os principais atrativos são duas piscinas naturais que possuem uma biodiversidade semelhante à do arquipélago de Abrolhos, tanto de peixes, corais, tartarugas, moluscos, como várias espécies de algas; o visitante tem a sensação de estar dentro de um aquário. Atualmente a área permitida para visitação é de apenas 3% do total protegido. O restante da área é reservado a pesquisas e preservação permanente.

Os corpos recifais que afloram são em número de três: o maior deles tem uma extensão no sentido norte-sul em torno de 2,7 km e 1,5 km no sentido leste-oeste. Os dois outros corpos situam-se a noroeste e sudoeste do corpo principal e têm dimensões que não ultrapassam 300 metros de extensão por 150 metros de largura. É bom lembrar que os corais do sul da Bahia são os mais ricos de todo o Atlântico Sul. Primeiro parque municipal marinho do estado, Recife de Fora é administrado pela Prefeitura de Porto Seguro em conjunto com empresas de mergulho que vêm regulamentando a visitação da área, para evitar qualquer tipo de agressão ao meio ambiente, possibilitando transformá-lo em um atrativo auto-sustentado.

Duração: 4 horas. A saída para o Recife de Fora varia de acordo com a maré. As escunas levam em média duas horas fundeadas na área. O percurso é feito em 45 minutos.
Dicas: A melhor época para o passeio é durante a lua cheia ou nova, que coincide com a maré viva, quando ela atinge seus níveis máximo e mínimo. Quanto mais seca, melhor para o passeio.
Leve um tênis para andar sobre os recifes e óculos de mergulho. Se esquecer, alugue na escuna.
Como chegar: O atracadouro para embarque fica no Cais da Tarifa, em frente á Passarela do Álcool, na cidade de Porto Seguro. O parque dista aproximadamente 5 milhas náuticas do centro de Porto Seguro no rumo Nordeste.

Estação Vera Cruz
Uma das maiores reservas particulares de Mata Atlântica do Brasil, com 6.069 ha de floresta em sua maior parte primária, em excelente estado de conservação, a Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN Estação Veracruz é de propriedade da empresa Veracel Celulose S.A e localiza-se entre os municípios de Porto Seguro (a 16 quilômetros da sede do município) e de Santa Cruz Cabrália. Aí são desenvolvidos programas de conservação e proteção física da reserva, manejo ambiental, pesquisa científica, educação ambiental, turismo ecológico, além do Centro de Manejo de Animais Silvestres.

O programa de turismo ecológico oferece ao visitante as opções de percorrer trilhas na floresta, andar sob pontes suspensas, subir em plataformas, além de aprender um pouco dos costumes indígenas com guias da tribo Pataxó. Também são recebidos turistas ambientais com interesses específicos em determinados grupos de plantas e/ou animais, como observadores de aves, orquidófilos e botânicos. Para esses grupos são disponibilizadas informações científicas do arquivo técnico da reserva.

As trilhas interpretativas da Floresta Tropical (tem 1.850 m de extensão e é a mais utilizada no programa de ecoturismo), do Pau-brasil, das Bromélias e a plataforma ressaltam a importância das florestas, sua dinâmica e riquezas em biodiversidade, funcionando como verdadeiras salas de aula temática, onde os ecoturistas podem conhecer a importância da floresta e suas relações com a água, ar, solo e fauna. A floresta do sul da Bahia além de abrigar espécies típicas da Mata Atlântica, apresenta um grande número de espécies amazônicas, o que somado ao clima tropical úmido e ao regime de chuvas bem distribuídas durante todo o ano, resulta numa altíssima diversidade de espécies, revelando-se como uma da áreas de maior biodiversidade do planeta.

Estudos realizados na Estação Veracruz mostram que na reserva existe uma grande variedade de ambientes (floresta de tabuleiros, florestas ciliares, mussunungas, brejos) onde se destacam a presença de várias espécies raras e ameaçadas de extinção, como pau-brasil, jacarandá, massaranduba, além de uma grande variedade de orquídeas e outras plantas ornamentais, filodendros, palmeiras e bromélias. A Estação Veracruz destaca-se por sua grande diversidade faunística, principalmente nos grupos das aves, répteis e mamíferos, com a presença de mais de 300 espécies de aves diferentes na reserva, representando quase metade de todas as 620 espécies listadas para o domínio da Mata Atlântica.

Destaca-se também, de forma representativa, a diversidade de vários outros grupos, como mamíferos, com 76 espécies (correspondendo a 30% do total de espécies da floresta atlântica), répteis, com registro de 80 espécies (40% de todas as presentes na floresta atlântica) e anfíbios, com presença de 60 espécies (correspondendo a 21% de todas as da floresta atlântica). O Centro de Manejo de Animais Silvestres desenvolve, em parceria com o Ibama, zoológicos e universidades, pesquisas, manejo, reprodução e conservação de espécies animais ameaçadas de extinção que ocorrem na reserva. Estão sendo desenvolvidos trabalhos com harpia, papagaio chauá, tiriba, jandaia, papagaio verdadeiro e anta.
Duração: 3 horas
Dicas: É necessário contato prévio com a administração, para agendar a visita. Os grupos são limitados em 60 pessoas por turno e as visitas acontecem às terças e quintas-feiras. Seguir sempre as recomendações do guia, que irá ajudar a todos quando necessário.Utilizar roupas leves, largas e resistentes, calça comprida, tênis ou botas confortáveis, (nunca utilizar bermudas, chinelos ou sapatos de salto alto). Utilizar mochila para carregar objetos de uso pessoal e para deixar as mãos livres. Levar repelente contra insetos e lanche para depois do passeio, de preferência alimentos energéticos.
Informar ao guia antes da visita na floresta a existência de algum visitante com alergias ou doenças graves. Todos devem se preocupar com o lixo. Traga de volta o lixo que produzir durante a caminhada.
Como chegar: Sair de Porto Seguro pela BR-367 e seguir por 21 km. Dobrar à direita pelo acesso à Estação, no limite com a Estação Ecológica do Pau-brasil, percorrendo 2 km até a sede da Veracruz.

Estação Ecológica do Pau Brasil
Composta por uma densa floresta em uma área de 11,45 km², seu principal atrativo são os exemplares de pau-brasil, e outras espécies de flora da Mata Atlântica que encontram-se também em extinção. Possui viveiros de mudas e está investindo na criação de um banco genético.
Duração: 2 horas
Dica: Possui uma trilha e, sendo uma unidade de uso restrito, é necessário marcar antecipadamente qualquer tipo de atividade.
Como chegar: Sair de Porto Seguro pela BR-367, por 21 km, até a estrada à direita que dá aceso à Estação, no limite com a Estação Veracruz. A entrada da Estação Ecológica do Pau-brasil está na margem da rodovia BR-367.

Aldeia Imbiriba
Demarcada pela Funai e completamente inserida na APA Caraíva – Trancoso, está situada nas proximidades do povoado de Itaporanga, no caminho para Caraíva. Aí moram cerca de 280 índios da tribo Pataxó. O artesanato indígena é bastante diversificado e criativo. É possível encomendar peças mais trabalhadas.
Duração: 2 horas
Dica: Aproveite para conhecer a pequena vila bucólica de Itaporanga, distante apenas 1 km da aldeia Imbiriba.
Como chegar: Saindo de Porto Seguro pela BR-367, por 28 km em direção a Eunápolis, até o entroncamento, à esquerda, com a BA-001, seguindo por mais 44 km, até o entroncamento para Trancoso. Seguir por mais 8 km em estrada de terra até a aldeia Imbiriba.

RPPN Fazenda Manona
Dos 21,5 ha da Fazenda Manona, 7 ha são destinados à RPPN, com a finalidade de preservação dos ecossistemas de restinga, mata de transição, do rio Manona e sua mata ciliar, onde a proprietária desenvolve um trabalho de ecoturismo e educação ambiental com a participação da comunidade local e dos visitantes. O turismo ecológico é praticado a partir de caminhadas que podem durar entre 30 minutos e 3 horas, a depender da escolha entre 4 trilhas: Manona – seguindo o córrego do mesmo nome, com direito a banho de cascata, Aracuã – para observação de pássaros, Juçara e Araticum.

Durante a permanência na fazenda, a proprietária passa informações sobre educação ambiental, com destaque para a permacultura – um trabalho com a diversidade da natureza, envolvendo a redução do desperdício de energia a partir do desenvolvimento de várias culturas em pequenas áreas, com utilização de recursos naturais sem agressão à natureza. O trabalho é definido como “ecologia da alma”.
A recepção aos visitantes é feita na “casa de hospedagem” situada em cima da falésia, a uma altura de 42 metros, de onde se tem uma vista panorâmica da Coroa Vermelha, Ponta Grande e do Parque Municipal Recife de Fora.
Duração: de 30 minutos a 3 horas
Dica: Usar calça comprida e sapato fechado ou tênis. Levar roupa de banho e repelente.
Como chegar: Seguir pela BR-367 em direção ao Litoral Norte, por 6,5 km até a altura da praia de Taperapuan, entrando à esquerda. O acesso à Fazenda fica na rua da Canseira.

Museu Aberto do Descobrimento
Da foz do rio Caí, no município de Prado, até o rio João de Tiba, em Santa Cruz Cabrália, 130 quilômetros de litoral englobam a área delimitada para o Museu Aberto do Descobrimento - instituído pelo Governo Federal em 22 de abril de 1999. O Museu foi idealizado pela Fundação Quadrilátero do Descobrimento - uma organização não governamental criada em 1992 e sediada em Trancoso - e adotada pelo Governo Federal e Estadual visando as comemorações dos 500 anos do Descobrimento do Brasil, em 2000.

É um museu natural, a céu aberto, onde as “galerias” são praias, vales e trilhas naturais e o “acervo”, um conjunto de acidentes geográficos e núcleos urbanos tradicionais, dispostos como peças em exposição permanente, descritos em documentos antigos, distribuídos ao longo de 130 quilômetros do histórico litoral sul da Bahia. Os aspectos ambiental, cultural e histórico se fundem numa proposta política preservacionista moderna, capaz de compatibilizar a defesa do patrimônio com um sólido plano de desenvolvimento econômico da área, ou seja, a transformação do já consolidado centro turístico da Costa do Descobrimento em um dos mais rentáveis pólos do turismo internacional.

APA Coroa Vermelha - Porto Seguro
Entre os municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, essa área de proteção ambiental foi criada em 7/6/1993, pelo decreto estadual nº2.184, com o objetivo de preservar as paisagens naturais e os atributos histórico-culturais, especialmente a cultura indígena e o Marco do Descobrimento. É a menor da Costa do Descobrimento, com uma área de 4100 ha, banhada pelo mar. Limita-se ao norte com o rio Mutari, ao sul com o rio dos Mangues, a leste com o oceano Atlântico e a oeste, avança por 6 km em direção à terra firme.

Caracteriza-se por possuir dois ambientes delineados pela falésia. A planície costeira dispõe de extenso coqueiral, áreas com vegetação de restinga, manguezal e uma grande área de várzea, onde a variação do nível das águas forma brejos sazonais. A Mata Atlântica, em estágios distintos de regeneração, é o ecossistema mais representativo. A maior parte dessa área de mata pertence à reserva indígena Pataxó. Tem, ainda, na parte marinha, recifes de corais e bancos de areias.

Essa área engloba o cenário onde foi celebrada a Primeira Missa no Brasil e que é, hoje, área indígena pertencente a tribo Pataxó, da Coroa Vermelha. Na foz do rio Mutari, em 1500, a esquadra portuguesa teria desembarcado e se abastecido de água potável para seguir viagem. Do lado oposto da BR-367, que liga os municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, vale a pena subir até o Alto do Mutari, para olhar a paisagem integrada pela área de transição entre a restinga e a Mata Atlântica. Possui ótimas praias para atividades ecoturísticas. Entre a praia de Ponta Grande e a enseada de Mutá, predominam os recifes de corais que formam uma piscina natural quilométrica, de água rasa e transparente, segura para o banho de mar e atraente para mergulhos.

Na maré baixa, é possível andar na Coroa Vermelha – um banco de areia que invade o mar por dezenas de metros – até o recife da Ponta da Coroa Vermelha, o que permite apreciar a paisagem da terra vista do mar. A diversidade de ambientes possibilita uma fauna variada, inclusive com ocorrência de animais da floresta ombrófila ameaçados de extinção, a exemplo da preguiça-de-coleira, espécie endêmica da Mata Atlântica, onça pintada, lontra, gato-do-mato e jaguatirica.
É administrada pelo CRA e possui Plano de Manejo.

Reserva Ecológica do Pau Brasil
Situada na zona rural, entre os municípios de Eunápolis e Porto Seguro, com 1145 ha. Caracteriza-se pela ocorrência expressiva de árvores de pau-brasil (Caesalpinia equinata), consistindo num significativo registro genético dessa espécie em vias de extinção. É administrada pela CEPLAC.

 

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