Centro da cidade - Foto: Jota Freitas - Setur-Ba (Licença-cc-by-sa-3.0) |
Cachoeiras
Cachoeira da Fumaça - Lençóis
Dependendo da época, o riacho da Larguinha, que forma a Cachoeira, tem mais ou menos água, o que provoca o efeito “fumaça” com a queda d’água a uma altura de 420 metros a 1.490 metros.
Ao invés de descer, a água da cachoeira sobe, levada pelo vento, formando um espetáculo de cores e formas. A velocidade e força do vento são tantas que, para chegar até a ponta do penhasco, é preciso engatinhar.
Outra maneira de chegar até esta cachoeira é por baixo, através de uma trilha de aproximadamente 27 km, a partir de Lençóis. A caminhada dura três dias e os ecologicamente corretos acampam em tocas e abrigos dentro do canyon.
Cachoeira da Primavera - Lençóis
A cachoeira da Primavera é a primeira da série de espetáculos que a natureza oferece.
Com cerca de seis metros de altura, formada pelo riacho Grisante, um afluente do rio Lençóis, a Primavera é uma cachoeira permanente, com água gelada e forte, ótima para massagear o corpo.
O local para banho é completamente tomado por pedras.
Canyoning e Rapel
Canyoning em Lençóis
Em Lençóis, os turistas podem fazer aventuras inimagináveis.
O canyoning para a cachoeira do Capivari, a 20 km de Lençóis, é um dos roteiros mais procurados. O programa dura três dias e duas noites, em acampamento, englobando trekking e rapel na cachoeira, com altura aproximada de 37 m.
Canyoning: radicalismo na Chapada
A cachoeira da Fumaça, com percurso de 48 km, entre os municípios de Lençóis e Palmeiras é o que se qualifica de “aventura punk”. São quatro dias e três noites com direito a trekking através do Vale do Capão e tirolesa - descida em cabo de aço a uma altura de 60 m para, em seguida, saltar no poço da cachoeira.
“Overdose de adrenalina pura” é o que o turista vai encontrar na Chapada Diamantina, onde o cascading e o caving são praticados na maior parte das cachoeiras e cavernas, com diversos níveis de dificuldades.
O cascading na cachoeira da Fumaça, em Palmeiras, com 340 m de queda d’água e 420 m de altura do poço ao topo, é um dois maiores desafios, por ser considerado dos mais arriscados, só recomendado para esportistas com muita prática. Além da altura máxima - é a maior queda livre do Brasil - a grande velocidade do vento que circula no canyon pode interferir na descida. Todo cuidado é pouco.
Rapel no Lapão
Para quem nunca fez rapel, mas tem vontade de aprender, o melhor programa pode ser a gruta do Lapão, a 4 km de Lençóis, que reúne, no mesmo pacote, um trekking de 4 km e o caving - rapel na boca da caverna com 50 m de altura e a travessia de 1.200 m de extensão com banho no final.
Rapel no Morro do Camelo
No Morro do Camelo, um dos símbolos da Chapada, com 1.050 m de altitude, é possível fazer 240 m de rapel e mais 200 m de pirambeira.
Ecoturismo
Poço Halley ou Paraíso
Vale a pena uma descida ao poço Halley ou poço Paraíso (nome original), formado pelo rio Lençóis e situado entre um canyon. O rio desce por sobre o leito pedregoso e se espalha para o largo, formando o poço com cerca de 3 metros de largura por 10 de comprimento e profundidade máxima de 2 metros.
O local é excelente para banho e mergulho, inclusive para crianças. A água é gelada e de cor acobreada - como a maioria dos rios da chapada - por causa da grande quantidade de essência de material orgânico que a correnteza traz das nascentes.
Nova subida, desta vez mais suave, e chega-se aos Salões de Areias Coloridas, formados pela erosão de rochas graníticas e conglomerados de arenito, onde artesãos recolhem variados tons de areia para encher garrafas com diversos desenhos, oferecidas aos turistas como souvenir.
Serrano
A descida é agora em busca do leito do rio Lençóis para um banho reconfortante, desta vez no Serrano. O local, de antigo garimpo, é um belvedere natural, de onde se descortina a cidade e o vale do rio São José que, mais adiante, se junta ao primeiro para desaguar no Paraguaçu. O nome Serrano originou-se dos primeiros garimpeiros da área, vindos da região serrana de Minas Gerais.
A queda d´água tem aproximadamente 15 metros de altura, dividida em várias quedas pequenas; a principal é conhecida como “sonrisal” porque cura qualquer ressaca. As rochas são de tonalidade rósea e incrustadas de seixos, lembrando painéis em mosaico. O Serrano fica a menos de um quilômetro de distância da cidade.
Morro do Pai Inácio
Depois de tantas descidas ao subsolo, no final do dia chega-se pertinho do céu, escalando os 400 metros de trilha que ligam o fim do asfalto ao topo do morro do Pai Inácio. Do alto deste mirante natural, tem-se uma visão de 360 graus da paisagem, que torna-se ainda mais encantadora ao sol poente. O perfil das serras verde-azuladas se confunde com nuvens douradas, o vento é muito frio e completa a sensação de estar no topo do mundo.
Morro do Camelo
Localizado ao norte da Chapada, ao lado do Morro do Pai Inácio.
Mergulhando em cavernas e grutas
Localizada na região central do Estado da Bahia, a 400 km da capital, Salvador, a Chapada Diamantina reúne um expressivo complexo geológico, onde inúmeras cavernas apresentam rios subterrâneos, com grande variedade de espeleotemas. Algumas dessas cavernas oferecem condições propícias para mergulho, resguardando-se os cuidados especiais para esse tipo de atividade esportiva, além do fato de ser exigida autorização de órgãos ambientais.
Gruta da Pratinha: a caverna se estende por aproximadamente 120 m, com a profundidade entre 1,5 m a 2,5 m.
Gruta Azul: inserida no Complexo da Pratinha, a passagem principal estende-se por 50m da entrada numa profundidade de 15m.
Buraco do Zé Bode: a mais ou menos meia hora da Gruta da Pratinha, existe outra caverna, com um declive de 100 metros, onde há água. Torna-se imprescindível a utilização de cilindros e iluminação, já que a visibilidade é praticamente zero.
Os Impossíveis: a entrada desta caverna fica a aproximadamente 25 metros abaixo do solo e ocupa uma área de 500m de diâmetro.
Poço Encantado: uma câmara imensa abriga um lago transparente, onde, em determinadas épocas, a certa hora do dia, um raio de sol atravessa uma fenda e reflete em azul o espelho d’água. A profundidade no local é de 40 metros.
Dadas as dificuldades de acesso, a profundidade e o controle ambiental, o mergulho tem que ser autorizado pelo IBAMA (71-3345-7322) e exige grande conhecimento da atividade.
Grutas
Gruta Azul - Lençóis
Com um belíssimo visual, esta gruta se comunica com a Pratinha por um canal de água subterrâneo, que tem despertado o interesse de equipes de pesquisadores e jornalistas especializados. É uma aventura perigosa e não recomendada a leigos.
A próxima gruta, nove quilômetros adiante, e em sentido contrário, é a Lapa Doce. Com aproximadamente três quilômetros de extensão, ela encanta por suas formações de estalactites e estalagmites.
Pedalando
Pedalando pela região de Lençóis
Na Chapada Diamantina, as melhores opções estão nas unidades de conservação: Parque Nacional da Chapada Diamantina, Áreas de Proteção Ambiental (APA Marimbus – Iraquara e APA Serra do Barbado). Os municípios de Lençóis, Andaraí, Mucugê, Rio de Contas, Jacobina e Morro do Chapéu centralizam os principais roteiros e dispõem de infra-estrutura e serviços turísticos necessários.
A partir de Lençóis, a trilha mais fácil é para o Ribeirão do Meio (5 km). Outras opções são: Morro do Pai Inácio – antiga trilha de garimpeiros, com 18 km de distância;
Morro do Pai Inácio/Morrão – uma trilha de 7 km pouco explorada que vale a pena percorrer;
Capão – com 27 km, levando a um deslumbrante vale;
Capão/Cachoeira da Fumaça – após os primeiros 1,5 km da Serra do Sincorá, a trilha torna-se fácil, no total de 6 km de distância;
Capão/Paty – trecho que exige a presença de guia experiente, com 20 km de extensão;
Paty/Cachoeirão - com 8 km de extensão, em meio a um cenário fascinante.