Primeiras Explorações - Foto/Reprodução: Tetraktys (Dominio Público) |
Originalmente, a área do atual Estado do Amazonas não integrava as terras portuguesas, conforme os termos do Tratado de Tordesilhas, ficando sob domínio espanhol. O primeiro europeu a percorrer todo o curso do rio Amazonas teria sido o espanhol Francisco de Orellana, entre 1539 e 1541, desde a cordilheira dos Andes até ao Oceano Atlântico. Iniciava-se, à época, a lenda de que a mítica cidade de El Dorado ficaria em algum ponto entre o Amazonas e as Guianas. Orellana afirmou ter encontrado e combatido uma tribo de mulheres guerreiras e por isso batizou aquele curso de 'rio das Amazonas', em referência às personagens da mitologia grega.
Um companheiro de Orellana, Gonzalo Fernández de Oviedo y Valdés, divulgou relatos da expedição, com descrição das riquezas e dos habitantes da região, que foram publicados em Veneza em 1556. Uma nova expedição em 1561 tentou repetir a façanha de Orellana, mas quase não conseguiu: o comandante, Pedro de Ursua, foi assassinado pelo seu sucessor, Lope de Aguirre, que enlouqueceu vítima de delírio tropical. Cruel em todos aspectos Aguirre também matou sua filha de quinze anos e vários índios.
A primazia da ocupação da foz do grande rio (atuais estados do Amapá e do Pará), em função da sua exploração econômica, coube a ingleses e holandeses, que instalaram feitorias nas margens dos maiores rios da região, para extrair madeira e especiarias, como o cravo, o urucum, o guaraná, resinas e outros (as chamadas drogas do sertão), desde 1596. Assim, desde cedo a economia da região amazônica se baseou no extrativismo e não na agromanufatura açucareira, como em outras regiões coloniais.