Ocupação Portuguesa - Foto/Reprodução: Maria do Céu Sousa |
Em 1669, foi fundado o Forte de São José da Barra do Rio Negro, na área onde hoje fica Manaus, pelo capitão português Francisco da Mota Falcão. A fortificação serviu como base para o (esparso) povoamento do amazonas, permitindo a subida dos rios Negro e Branco, no atual Roraima, de onde se chegava ao Orinoco. Também começou a ocupação dos rios Solimões (Alto Amazonas) e Madeira. Os primeiros colonos enfrentaram hostilidade dos nativos, como as tribos dos torás e manaós (que deram origem ao nome da capital) do cacique Ajuricaba, que investiam contra os povoamentos e destruíam casas e instalações.
Para catequizar (e pacificar) os índios, os jesuítas (principalmente espanhóis) construíram missões, principalmente nas bacias do Solimões e do Juruá, liderados pelo padre Samuel Fritz. No entanto, a atividade missionária foi vista como ocupação estrangeira e a Coroa portuguesa determinou a expulsão dos jesuítas da região. As campanhas militares contra as missões ocorreram entre 1691 e 1697, comandadas por Inácio Correia de Oliveira, Antônio de Miranda e José Antunes da Fonseca no Solimões e Francisco de Melo Palheta no Alto Madeira. Belchior Mendes de Morais garantiu a posse portuguesa sobre a bacia do Napo. Os missionários espanhóis foram substituídos por outros, portugueses, principalmente carmelitas e mercedários. Nasceram nessa época as povoações que dariam origem às atuais Barcelos (então chamada Mariuá), Tefé, São Paulo de Olivença, Coari, Borba, Airão e Carvoeiro.
Os franceses e espanhóis voltaram a fazer incursões na região, e os portugueses decidiram fechar o rio Madeira à navegação estrangeira em 1732. Mesmo assim, os bandeirantes José Leme do Prado e Manuel Félix de Lima exploraram a área, descendo até Cuiabá no Mato Grosso, e criando um eixo de comércio amazônico, entre Cuiabá, Manaus e Belém. Foram erguidas fortificações portuguesas em Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Maribatanas e São Joaquim, dando início a novos povoados.