Festa do Pirarucu

Festa do Pirarucu - Foto: Divulgação Ipan

A festa do Pirarucu é realizada no último dia de novembro até o dia 3 de dezembro, quando se comemora a despesca anual do peixe, e reune todas as comunidades envolvidas em uma ação de manejo sustentável. O início da festa também marca a abertura dos Festejos da padroeira Nossa Senhora de Guadalupe, que se encerra no dia 12.

A Festa do Pirarucu surgiu em razão do município de Fonte Boa ser um dos maiores produtores de pirarucu do Amazonas e principalmente do Brasil. A atividade tem controle do Instituto de Desenvolvimento Sustentável de Fonte Boa (IDSFB).No município existe uma estimativa de captura de cerca de 25 mil peixes adultos, o que significa mil toneladas do produto.

A programação da festa conta ainda com desfile das concorrentes a rainha do Manejo, com roupas típicas confeccionadas com escamas de pirarucu provenientes dos lagos manejados, e premiação para a melhor receita de Pirarucu, além de música e poemas com o tema manejo e pirarucu.

A pesca envolve 84 comunidades, 720 pescadores,520 famílias e 350 lagos.

Também são realizados no município as tradicionais festas religiosas: Nossa Senhora do Guadalupe (Padroeira da cidade, no mês de dezembro); Nossa Senhora das Dores; Nossa Senhora de Lurdes; Divino Espírito Santo; São Sebastião.

Durante o mês de julho acontece todos os anos o Festival Folclórico com apresentações de; Quadrilhas; Dança do Barqueiro; Dança cigana; Dança do Gambá; Dança Nordestina (Cangaço) e várias outras danças regionais.

O destaque maior do festival é a disputa entre os bois-bumbás Tira-Prosa e Corajoso, com esta sendo a principal atração da festa, com visitantes de toda a região do Alto e Médio Solimões, além de turistas do Peru e Colômbia.

Breve historia do Pirarucu

A história do manejo do pirarucu em Tefé foi iniciada na década de 60 pela Igreja Católica, que, prevendo a diminuição do peixe, começou um trabalho de base com as comunidades ribeirinhas sobre a importância da conservação e da preservação.

Em 1999, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) submeteu ao Ibama um projeto de exploração de pirarucus em alguns lagos da região, estendendo-se o trabalho hoje por quinze municípios do Amazonas: Fonte Boa, Jutaí, Tonantins, Santo Antônio do Içá, Juruá, Tefé, Carauari, Maraã, Beruri, Lábrea, Japurá, Tapauá, Novo Airão, Iranduba e Canutama.

Em 2004, o Ibama publicou a Instrução Normativa nº 34, que estabelece os períodos de defeso do pirarucu, e, em 2005, a IN nº 1, que proíbe a pesca de 1º de junho a 30 de novembro e autoriza a captura somente em áreas de manejo e piscicultura.