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Marabaixo

Festa do Marabaixo-Foto: Claudionor Santos mcp
Festa do Marabaixo-Foto: Claudionor Santos mcp

Assim como em todas as cidades da Amazônia, no Amapá o folclore é forte e possui diversas influências: indígenas ou africanas e até religiosas. Boi-Bumbá, Marabaixo e a Festa de São Tião são algumas das festas que fazem parte da cultura amapaense.Ao longo do ano, são realizados eventos na capital do Estado e no interior que valorizam e ajudam a preservar as tradições do folclore local:
Marabaixo:
A festa é em homenagem ao Divino Espírito Santo e foi criada pelos escravos negros que foram trazidos para Macapá no século XVIII para construir a Fortaleza de São José. A tradição do Marabaixo foi passada pelos escravos aos seus descendentes que vivem na Vila de Curiaú, a 8 km de Macapá, e também aos municípios de Mazagão Velho, em Mazagão, e Macapá. Porém, apenas na capital amapaense, o Marabaixo sobrevive com grande parte de suas características originais. Em Mazagão Velho, por exemplo, ele desapareceu completamente. Na Vila de Curiaú, ainda se dança o Marabaixo por ocasião da festa em louvor à Santa Maria, no fim de maio. A transformação que a festa sofreu ao longo tempo, deve-se - de acordo com os estudiosos -, a variáveis como urbanização, a modernização e a migração rural.

A festa do Marabaixo começa no domingo de Páscoa e dura meses. O ponto alto da festa, por exemplo, acontece no começo de novembro, com o Encontro dos Tambores, em Macapá. Durante quatro dias, as pessoas cantam e dançam o marabaixo. Para garantir a energia dos dançarinos, é servido uma bebida chamada de gengibirra, que é feita de gengibre ralado, cachaça e açúcar.

O ciclo do Marabaixo é considerada uma das maiores manifestações culturais do Amapá. Ésse belíssimo ritual tem sua origem africana, composta por várias festas católicas populares em comunidades negras da região metropolitana da capital do Estado.

Com sua origem um tanto quanto definida, o Marabaixo apresenta-se com dança da cultura africana, oriunda pelos negros que aportaram no Estado do Amapá no século XVIII, para a construção da Fortaleza de São José. Como também, desembarcaram na região, inúmeras famílias vindas da África, correndo das guerras entre mouros e cristãos.

No ritmo de tambores ou das caixas, instrumentos de percussão produzidos com madeira e pele de animais. No momento dos rituais, são distribuídas entre os presentes, algumas bebidas, à exemplo da mais típica, a gengibirra, sempre servida nas rodas de batuques e Marabaixo, feita com gengibre e cachaça. A gengibirra anima os foliões fazendo-os dançarem durante toda a noite “jogando ladrão”, ou seja, as músicas que são cantaroladas pelas dançarinas e que são entoados diversos versos espontâneos nas reuniões.

Com saias de cores vivas as mulheres dançam de forma vigorosa, no ritmo forte e intenso dos batuques. Trazem uma toalha sob os ombros com o objetivo de enchugar o suor, que acabou por transformar-se em um adorno típico de suas indumentárias. A dança e o canto do Marabaixo constituem o lado profano da Festa do Divino e acontecem integradas a esta comemoração.

O Ciclo do Marabaixo é comemorado todos os anos por grupos organizados, que trabalham para manter vivas as tradições de raiz de seu povo e ancestrais.

TAGS:  marabaixo,   festas populares amapa,   festas tradicionais amapá,  
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