Sitio Arqueologico do Amapá - Foto: Emilio Goeldi |
Principais Cavernas no Amapá:
Cavernas em Cunani
Um dos lugares do estado que guardam a maior riqueza arqueológica e ambiental no município de Calçoene, estão sendo ameaçadas por exploração de brita. As cavernas onde foram encontradas urnas funerárias indígenas no distrito de Cunani estão sendo constantemente visitadas por aeronaves tipo helicóptero que quase que semanalmente estão pousando nas áreas das cavernas onde existem montanhas rochosas de tamanho colossal. A denuncia é do guarda-parque do sitio arqueológico, Sr. Lailson Camelo da Silva, conhecido popularmente como “Garrafinha”.
Sitio Arqueológico:
Grandes blocos de pedras alinhadas, fincadas no solo, formando um círculo. A descrição parece a de Stonehenge, na Inglaterra, mas não é. Trata-se dos chamados megalíticos – grandes pedras – do Amapá, sítios arqueológicos construídos por povos amazônicos que ocupavam a região pelo menos desde o início da era cristã.
O zoólogo suíço Emílio Goeldi (1859-1917) organizou, em 1895, uma das primeiras expedições científicas feitas na região, enviada pelo Museu Paraense. Tendo o tenente-coronel Aureliano Pinto de Lima Guedes (1848-1912) como responsável pelo serviço arqueológico, a empreitada encontrou um sítio que ainda hoje desperta o fascínio de pesquisadores.
A expedição de Goeldi percorreu o Rio Cunani, no norte do atual estado: uma região costeira, de terras baixas e alagáveis, permeada por uma intrincada rede de rios e igarapés. Entre as peças coletadas pela equipe havia várias vasilhas cerâmicas inteiras. A delicadeza das pinturas e dos motivos modelados e a originalidade das formas fizeram com que Goeldi afirmasse que aqueles eram alguns dos “melhores produtos cerâmicos conhecidos dos indígenas da região amazônica” – uma cerâmica chamada pelos arqueólogos de “Aristé”.