Vista do Forte dos Reis Magos - Foto: Mansueto77 (Licença-Dominio publico) |
Principais Fortes de Natal
Fortaleza dos Reis Magos
A Fortaleza da Barra do Rio Grande, popularmente conhecida como Forte dos Reis Magos ou Fortaleza dos Reis Magos, foi o marco inicial da cidade — fundada em 25 de Dezembro de 1599 —, no lado direito da barra do Potengi (hoje próximo à Ponte Newton Navarro). Recebeu esse nome em função da data de início da sua construção, 6 de janeiro de 1598, Dia de Reis, pelo calendário católico. Em formato de estrela, a fortaleza foi construída pelos colonizadores portugueses em 1598. Em 1633 foi invadida pelos holandeses. Anos mais tarde, os portugueses conseguiram retomar a cidade e o forte. O monumento ainda preserva os canhões expostos na parte superior do prédio, capela com poço de água doce e alojamentos.
No contexto da Dinastia Filipina, quando da conquista do litoral Nordeste do Brasil, então ameaçada por corsários franceses que ali traficavam o pau-brasil ('Caesalpinia echinata'), a barra do rio Grande (do Norte) foi alcançada por tropas portuguesas, sob o comando do Capitão-mor da Capitania de Pernambuco, Manuel de Mascarenhas Homem, com ordens para iniciar uma fortificação.
Para a defesa do acampamento, junto à praia, foi iniciada uma paliçada de estacada e taipa, com planta no formato circular, à moda indígena, a 6 de janeiro de 1598 (dia dos Santos Reis), enquanto se procedia à escolha do local definitivo para a fortificação ordenada pela Coroa: um recife, à entrada da barra, ilhado na maré alta e que, na vazante, permitia a comunicação com terra firme.
A fortificação no século XIX
As dependências do forte serviram como prisão política para os implicados na Revolução Pernambucana de 1817. Entre eles destacou-se o seu líder no Rio Grande do Norte, André de Albuquerque, que faleceu em uma das suas celas, vítima de ferimento, naquele mesmo ano.
No contexto da Questão Christie (1862-1865) sofreu reparos em 1863 e, posteriormente, em 1874. (1885) refere que, à época (1885), as suas muralhas se encontravam derrocadas, fazendo suas 14 peças de artilharia por terra (op. cit., p. 76).
Do século XX aos nossos dias
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918) o forte esteve guarnecido por uma Bateria Independente de Artilharia de Costa.
Foi tombado pelo Patrimônio Histórico desde 1949 e esteve sob a administração da Fundação José Augusto, fundação pública ligada ao Governo do Rio Grande do Norte, de 1965 até dezembro de 2013. A última grande intervenção de conservação foi realizada em 2005, com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Em janeiro de 2014, a gestão do edifício foi transferida para o IPHAN.