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Lajedo de Soledade um dos Sítios Arqueológicos - Foto: Ariverton Costa Oliveira (Licença-cc-by-sa-4.0)
Lajedo de Soledade um dos Sítios Arqueológicos - Foto: Ariverton Costa Oliveira (Licença-cc-by-sa-4.0)

O Lajedo de Soledade constitui uma das maiores exposições de rocha calcária do Estado. Nela encontram-se 56 abrigos sob rocha, contendo um impressionante conjunto de inscrições rupestres da tradição agreste, datadas de 3 a 10 mil anos. As pinturas e gravuras rupestres vistas nas grutas, fendas e cavernas estão presentes em dezenas de painéis espalhados em três áreas demarcadas: Araras, Urubu e Olho d’Água.

Nas ravinas, os turistas podem ver desenhos de araras, garças, lagartos e formas geométricas ainda não decifradas, feitas com as pontas dos dedos, com pequenos galhos, pincéis primitivos e com carimbos desenhados nas mãos. A tinta usada era obtida com o uso do óxido de ferro, sangue de animais, gorduras vegetal e animal. Ainda foram encontrados fósseis de animais pré-históricos, como ossos de mastodontes, preguiças e tatus gigantes, além de moluscos petrificados.

Os fósseis podem ser vistos no Museu do Lajedo, que também vende o artesanato produzindo no Centro de Atividades do Lajedo, como peças de cerâmica, camisetas pintadas com temas locais, entre outros artigos. O local recebe cerca de dez mil visitantes por ano, constituindo-se num dos principais atrativos ecos-culturais do Rio Grande do Norte. O Lajedo de Soledade e o Museu Soledade ficam abertos de terça a domingo.

Às margens da grande Lagoa de Apodi, lugar aprazível pelas suas águas mansas e densa floresta de carnaúbas, o município foi fundado como uma sesmaria, nos confins do século XVII. É verdade que os índios foram expulsos do seu torrão, mas não sem antes travarem batalhas ferozes que deixaram nódoas de sangue na beira da lagoa.

Para entender a bravura do sertanejo, é preciso visitar o imponente Casarão do Ameno e voltar ao tempo do cangaço, quando Massilon Leite saqueou e queimou a cidade em 1927, indo em seguida se juntar ao bando de Lampião para atacar Mossoró. A grande casa do sítio, intocável na sua essência, é o galardão de uma terra de bravos, abarrotado de fatos notáveis.

O elemento lúdico da viagem à Apodi fica por conta do Zoológico de Pedras, no meio do sertão seco, onde gatos, cobras, raposas, pebas, macacos e outros animais catingueiros habitam as pedras numa exposição de gravuras ingênuas, representando uma trupe de saltimbancos sertanejos.

Alheio ao turismo cultural, o homem do campo guarda suas esperanças nas águas da Barragem Santa Cruz, um exuberante lago artificial armazenando 600 milhões de metros cúbicos de água, garantia de mesa farta nas casas de boa fé. Nos finais de semanas descabidos, o sangradouro jorra água constante para um banho de lavar a alma, enquanto os bares às margens da barragem oferecem peixe frito pescado na hora, nutrindo o prazer da gula.

A revoada dos bem-te-vis sobre os casarios coloniais da cidade anuncia que é hora do aconchego, no momento em que o sol descansa lentamente por trás da imensa chapada. A certeza de uma vida honesta é assegurada pelo padroeiro São João, durante as novenas na igreja e nas festividades profanas, quando as chuvas de junho abençoam toda a gente do lugar.

Percorrer os 420 km que separam o município de Apodi da capital potiguar é navegar pelas cavernas do tempo, onde a história de um povo funde-se à natureza exuberante da região, dando ao visitante a convicção de que um dia o sertão já foi mar, sim senhor!

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