Boqueirão (Serra da Capivara) Foto: Pablo de Sousa |
Principais Grutas e Cavernas do Piauí
Parque Serra da Capivara
A pequena cidade de São Raimundo Nonato, de 30 mil habitantes, é a porta de entrada para o Parque Nacional da Serra da Capivara, um dos maiores tesouros arqueológicos do Brasil. Localizado no agreste piauiense, a 510 km da capital, o município abriga também o instigante Museu do Homem Americano.Protegido pela Unesco e administrado pela Fundação do Homem Americano (Fundham), o Parque Nacional da Serra da Capivara reúne a maior concentração de sítios arqueológicos do país – mais de 40 mil pinturas rupestres com idades que variam entre 6 mil e 9,2 mil anos e os mais antigos vestígios de presença humana das Américas – 50 mil anos.
Dotado de boa estrutura para turismo e pesquisa, o parque impressiona por suas características geológicas únicas e pela riqueza de sua flora e fauna. Ocupa 130mil hectares dos municípios de São Raimundo Nonato, João Costa, Brejo do Piauí e Coronel José Dias, no Sul do estado. Sua paisagem é formada por planaltos, chapadas, morros, serras e planícies surgidas há 220 milhões de anos e pacientemente esculpidas pelo vento e pela chuva ao longo dos séculos. O resultado são cânions profundos, formações rochosas surpreendentes, grutas e cavernas que atiçam a imaginação.
As inscrições rupestres são abundantes nos 129 sítios arqueológicos abertos à visitação – a maioria acessível apenas por trilhas – e todas têm relevância científica, sendo visitadas por turistas e estudiosos de todo o mundo. A melhor época para visitá-lo é no fim do período de chuvas – entre fevereiro e maio –, quando a vegetação adquire surpreendente exuberância, em contraste com a Caatinga ressequida dos outros meses.
O Museu do Homem Americano, localizado nos arredores de São Raimundo Nonato, surpreende pela modernidade. Possui sala de audiovisual e imensos painéis interativos, com gráficos, pinturas e fotografias, representando a evolução do relevo, do clima e da presença humana nas Américas. Reúne ainda materiais arqueológicos coletados na região, como ferramentas, utensílios, urnas funerárias e esqueletos de seus primeiros habitantes.
Parque Serra das Confusões
Criado em 1998, o parque ainda não está aberto a visitação, mas existem projetos de educação ambiental e recreação, além de incentivo à pesquisas científicas em toda a sua área. O Parque Nacional da Serra das Confusões abriga um único ecossistema: a caatinga. Sua principal preocupação é preservar toda a riqueza desta paisagem, sua fauna e sua flora para as futuras gerações.
A área desta unidade ainda encontra-se em estado primitivo de conservação, podendo ser encontrado inúmeros sítios arqueológicos em suas cavernas e grutas, apresentando litogravuras nos paredões rochosos de valor histórico, científico e cultural.
Este cenário exótico é composto de árvores, arbustos de galhos retorcidos, flores, cactos que são espalhados pela paisagem de terra seca, o xique xique e o mandacaru, símbolos da caatinga e fáceis de serem encontrados por aqui. Pela região vivem inúmeras espécies de aves e animais, muitos deles ameaçados de extinção, como o tamanduá bandeira, as onças parda e pintada e o tatu canastra.
Os quatro diferentes tipos de vegetação encontrados dentro dos limites do Parque são: campinarana gramíneo-lenhosa, campinarana florestado, floresta ombrófila aberta sub-Montana, floresta ombrófila densa sub-montana. Além dessas, existem zonas de mosaicos complexos entre campinaranas e floresta ombrófila. A Serra das Confusões também exibe em seus paredões rochosos, grutas e cavernas, assim como inscrições rupestres variadas, de riqueza arqueológica incalculável.