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Tambor de Crioula - Foto: Acervo do Iphan |
O Tambor de Mina é o termo pelo qual é conhecida a religião que os descendentes de negros africanos de origem jeje e nagô trouxeram para o Maranhão. É uma manifestação da religiosidade popular especificamente maranhense que tem lugar em casas de culto conhecidas como terreiros. É uma religião de possessão, onde os iniciados recebem entidades espirituais cultuadas pelo seu pai de santo em rituais conhecidos como tambor. Nos rituais são utilizados instrumentos como tambores, cabaças, triângulos e agogôs. Mediante o toque dos instrumentos, os iniciados, em grande parte mulheres, vestidas com roupas específicas para o ritual, dançam e incorporam as entidades espirituais.
Em São Luís, duas casas de culto africano deram origem a esta forma de manifestação da religiosidade dos negros: a Casa das Minas e a Casa de Nagô. A Casa das Minas foi fundada por negras trazidas do reino do Daomé (hoje Benim), habitado por negros Mina. Nesse terreiro são recebidas entidades espirituais denominadas voduns. A Casa de Nagô, também fundada por descendentes de africanos, deu origem aos demais terreiros de São Luís, onde são recebidas entidades caboclas de origem européia ou nativa.
O Tambor de Mina é uma expressão religiosa que encontra suas raízes nas tradições africanas jeje e nagô, trazidas pelos descendentes de negros africanos para o Maranhão. Este sistema de crenças é intrinsecamente ligado à religiosidade popular maranhense, manifestando-se em casas de culto conhecidas como terreiros. No cerne do Tambor de Mina está a prática de possessão, onde os iniciados recebem entidades espirituais durante rituais específicos denominados 'tambores'. Essas cerimônias, permeadas por ritmos vibrantes e instrumentos característicos, constituem uma experiência espiritual única e profundamente enraizada nas tradições africanas.
Nos rituais do Tambor de Mina, a musicalidade desempenha um papel crucial. Instrumentos como tambores, cabaças, triângulos e agogôs são utilizados para criar uma atmosfera sonora que ressoa com a espiritualidade da prática. O toque desses instrumentos não apenas fornece o ritmo para as danças rituais, mas também serve como meio de comunicação com as entidades espirituais. Essa simbiose entre música, dança e espiritualidade confere ao Tambor de Mina uma autenticidade única e uma conexão profunda com suas raízes africanas.
Em São Luís, duas casas de culto africanas desempenharam um papel crucial na formação e propagação do Tambor de Mina: a Casa das Minas e a Casa de Nagô. A Casa das Minas, fundada por negras trazidas do reino do Daomé (atual Benim), é notável por receber entidades espirituais conhecidas como voduns. Esta casa representa uma conexão direta com as tradições do povo Mina. Por outro lado, a Casa de Nagô, também fundada por descendentes de africanos, deu origem a diversos terreiros em São Luís, onde são recebidas entidades caboclas de origem europeia ou nativa, refletindo a diversidade cultural presente na religiosidade afro-brasileira.
O Tambor de Mina desempenha um papel vital na preservação da cultura e identidade afro-brasileira no Maranhão. Além de suas raízes africanas, a religião incorpora elementos locais, criando uma síntese única de tradições. A prática do Tambor de Mina contribui para a manutenção das línguas, danças, indumentárias e mitologias africanas, promovendo a continuidade de uma rica herança cultural que resiste ao tempo.
Apesar de sua importância cultural, o Tambor de Mina enfrenta desafios em um contexto mais amplo. A falta de compreensão e o preconceito em relação às religiões afro-brasileiras ainda persistem. No entanto, o Tambor de Mina tem ganhado reconhecimento nacional e internacional como parte integrante da riqueza cultural do Brasil. Festivais, eventos e iniciativas educacionais têm contribuído para disseminar o entendimento e o respeito por essa manifestação religiosa, proporcionando uma plataforma para que o Tambor de Mina seja apreciado e compreendido em sua complexidade e diversidade.