Logomarca de Canoa Quebrada em areia no Morro de Canoa Quebrada - Foto: Silveira Neto (Licença-cc-by-2.0) |
Fransisco Aires da Cunha Capitão de Mar e Gerra, vindo ele de Portugal destinado a nossa terra para fundar povoados da orla marítima à serra. Trazia ordem soberana de D. Manuel de Portugal, no entanto Aires procurou o litoral, foi se entender con Jerônimo o fundador de Natal. Aires da cunha queria falar com Martins Soares, Jêronimo lhe respondeu Martins está em outros mares, nada disso impediu o navegador dos mares. Jerônimo de Albuquerque deu a Aires toda nota, capitão Aires da Cunha prosseguiu com sua frota.
Vinha muito a beira costa sem esperar foi chocado, seu barco com uma pedra, foi um caso inesperado, na cabeça da Ponta Grossa o barco foi arrombado. Aires vendo que não dava procurou uma enseada então foi nessa velha praia que ficou denominada com esse nome até hoje que tem Canoa Quebrada. O barco estava na costa sem passar um só vivente depois passou viandante Aires lhe chamou presente disse o viandante a Aires daqui além mora gente. Daqui a uma légua tem uma povoação com o nome de Aracati lá mora o velho Simão. Aires com seus tripulantes rumaram em direção.
Aires da Cunha deu a Simão o seu barco de presente vamos quebrar a canoa dizia os trabalhadores foi origem dessa terra que apresento aos senhores. Está tudo esclarecido que a história representa a origem de Canoa Quebrada de mil seiscentos e cinquenta também sua fundação o poeta em nada aumenta. Em 1650 os índios Paiacús e Potiguaras moravam na região do Baixo Jaguaribe. Vencida a resistência indígena o local começou a ser povoado. Famílias humildes se instalam na praia. A pescaria e o cultivo de alguns vegetais sustentam os moradores.
Que também fazem artesanato em tecidos (renda de bilro, labirinto) e cestaria. Os escravos alforriados (libertos) da raça negra e índigenas começam a chegar na aldeia para se fixar. A Vila de Canoa começa a crescer lentamente. As casas são de palha e taipa. No século XIX existia em Canoa Quebrada um ancoradouro onde se carregava mercadorias. Nesse pequeno porto nasce em 15 de abril de 1839 Francisco José do Nascimento, o ' Chico da Matilde', mais tarde ' Dragão do Mar'. Com poucos meses de vida quase morre com uma espinha de peixe atravessada na garganta. Os pais vão para Aracati e imploram a Nossa Senhora do Rosário. As orações fazem efeito. Chico da Matilde, o futuro herói canoense, cresce na praia. Mais tarde o Chico da Matilde embarca como garoto de recados em um veleiro chamado 'Tubarão'.
Chega em Fortaleza e trabalha como jangadeiro no embarque e desembarque de mercadorias e escravos. Indignado pelas barbaridades cometidas contra os da sua etinia, lança seu brado libertário no porto de Fortaleza : ' não tem força bruta neste mundo que o faça reabrir ao tráfico negreiro' Transformado em herói, é recebido com festa e honrarias na Bahia da Guanabara, Rio de Janeiro. Depois de vários atos de bravura, falece em seis de março de 1914.