O centro Dragão do Mar de arte e cultura - Foto: Portal da Copa (Licença-cc-by-3.0) |
Principais Praças Históricas de Fortaleza
Até meados do século XIX, a Praça do Ferreira era só um areal com um cacimbão no centro, algumas mangabeiras e pés de castanhola. Pelas beiras, marcos de pedra para amarrar jumentos dos cargueiros ambulantes que vinham do interior. Nesse tempo, a praça era chamada de “Feira Nova” por abrigar uma feira movimentada.
Os rapazes ficavam em frente ao Cine São Luiz, aguardando as estudantes do Colégio Normal saírem das aulas. Por volta das 16 horas, as garotas normalistas, de saia rodada abaixo do joelho, costumavam passar pela Praça do Ferreira. Coincidência ou não, um vento teimoso lhes levantava as saias todos os dias nesse horário. “E era a alegria dos rapazes”, conta o então estudante e hoje aposentado João Batista de Almeida, que, na época, devia ter 17 ou 18 anos.
Assim como os causos do seu João Batista e das normalistas, pela Praça do Ferreira, a história da Cidade e dos próprios fortalezenses foi sendo desenhada. Naquele recanto, antes de 1920, existiam quatro quiosques, um em cada margem. Eles abrigavam cafés e restaurantes. O Café Elegante ficava na esquina das ruas Pedro Borges e Floriano Peixoto; o Restaurante Iracema, na rua Pedro Borges com Major Facundo; o Café do Comércio, na esquina entre as ruas Major Facundo e Guilherme Rocha; e o Café Java, na esquina das ruas Guilherme Rocha com Floriano Peixoto.
Em 1920, na gestão do prefeito Godofredo Maciel, a praça foi reformada e os quiosques, retirados. Era justamente no Café Java que se reuniam os participantes da Padaria Espiritual.
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