Faculdade de medicina da Bahia - Fameb (a 1ª do Brasil) localizada no centro histórico - Foto: Manu Dias-Agecom (Licença-cc-by-sa-2.0) |
Confira os principais pontos turísticos do Pelourinho:
Terreiro de Jesus: a praça 15 de Novembro, mais conhecida como Terreiro de Jesus por causa da Igreja dos Jesuítas (atual Catedral Basílica), mantém características urbanas dos séculos passados, com sobrados e três igrejas testemunham a época áurea em que Salvador foi capital da colônia. No centro da praça, há um chafariz de origem francesa (1855), todo em ferro fundido, representa a deusa Ceres, da agricultura.
Catedral Basílica: construída no início do século 18, é o quarto templo do Colégio dos Jesuítas (a primeira capela foi edificada em 1604). Considerada a mais rica de toda a arte barroca luso-brasileira, é revestida interna e externamente em pedra de lioz, possui duas torres e abóbadas em madeira no teto.
Na sua fachada, os nichos sobre as portas da igreja apresentam imagens de três santos jesuítas - Santo Inácio de Loyola, S. Francisco Xavier (padroeiro de Salvador) e S. Francisco de Borja. No interior, as talhas dos altares contam a história da evolução dos estilos da arquitetura na Bahia. Numa das celas da Catedral morreu, no dia 18 de julho de 1697, o padre Antônio Vieira, cujos sermões o levaram à condenação pela Inquisição.
Entre as pedras tumulares, destaca-se a do terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá. O prédio abriga também o Museu da Catedral, com acervo de peças dos séculos 16 ao 20, ourivesaria e prataria.
Igreja de São Pedro dos Clérigos: construída no início do século 19, a edificação é uma típica planta do início do século 18, com corredores laterais e tribunas superpostas. O frontispício é em estilo rococó tardio e a decoração interior apresenta uma transição entre o rococó e o neoclássico, com grande painel no teto, além de altar-mor.
Igreja da Ordem Terceira de São Domingos: iniciada em 1731 e concluída seis anos depois, tem na fachada estilo rococó e talha atual neoclássica. A planta é típica das igrejas do início do século 18, com corredores laterais e tribunas superpostas. O teto da nave é em concepção ilusionista e os painéis do Salão Nobre são atribuídos a José Joaquim da Rocha, sendo os azulejos da Capela-Mor retratos de São Domingos.
Igreja e Convento de São Francisco: considerada uma das mais ricas e espetaculares igrejas do país, tem todo o interior coberto em ouro. Sua fachada barroca é de 1723, como também os painéis de azulejos portugueses que reproduzem a lenda do nascimento de São Francisco e sua renúncia aos bens materiais. A nave central, cortada por outra menor, forma uma cruz. As pinturas têm forma de estrelas, hexágonos e octógonos e exaltam Nossa Senhora. Na sacristia, estão reunidos 18 painéis a óleo sobre a vida de São Francisco. Os dois púlpitos laterais são talhados com folhas de videira, pássaros e frutos colhidos por meninos e recobertos de ouro.
Igreja da Ordem Terceira de São Francisco: vizinha da outra igreja de São Francisco, foi construída em 1702. Sua fachada em pedra lavrada é o único exemplar no Brasil e remete ao barroco espanhol. Por algum tempo, a fachada esteve encoberta com argamassa e, somente no início do século 20, durante serviços de implantação da rede elétrica na área, foi redescoberto o seu desenho original. Nos tetos, existem belas pinturas criadas em 1831 por Franco Velasco.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos: sua construção foi iniciada nos primeiros anos do século 18 pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos do Pelourinho. A fachada, com frontão rococó, reúne trabalhos delicados e belíssimas torres. Destacam-se em seu interior os painéis de azulejos, os altares neo-clássicos e três imagens do século 18 - de Nossa Senhora do Rosário, São Antônio de Cartegerona e São Benedito. Nos fundos, localiza-se um antigo cemitério de escravos.
Igreja do Santíssimo Sacramento da Rua do Passo: construída no início do século 18, sofreu, cem anos depois, grandes mudanças internas nos retábulos e arremates do forro. A escadaria, que faz a ligação da igreja com a ladeira do Carmo, foi aberta ao século 19 para dar mais imponência ao templo, antes escondido na rua estreita. Internamente, pode-se destacar um ossuário situado por baixo das escadas. O escritor baiano Dias Gomes ambientou sua famosa obra “O Pagador de Promessas”, no local. O filme de mesmo nome ganhou a 'Palma de Ouro', em Cannes, no início da década de 60.
Fundação Casa de Jorge Amado: inaugurada em 7 de março de 1987, funciona em dois casarões situados no coração do largo do Pelourinho. O espaço cultural -criado para preservar, estudar e expor o trabalho do grande romancista baiano- reúne, em seus quatro andares, todo o arquivo das obras de Jorge Amado (livros publicados em 60 países dos cinco continentes, filmes, fitas de vídeo e fotografias, além de cartazes e objetos relacionados a vida e às produções do escritor). Há, também, obras da mulher do romancista, Zélia Gattai, eleita membro da ABL (Academia Brasileira de Letras) no final de 2001.
Museu da Cidade: instalado num dos mais belos casarões do Pelourinho, foi inaugurado em 5 de julho de 1973. Ligado à Fundação Gregório de Mattos, reúne, no seu acervo, bonecas tradicionais da Bahia, esculturas, tapeçarias, cerâmica, pano-de-costa, ex-votos e terços, além de coleções de imagens de orixá em tamanho natural e de peças de uso pessoal do poeta Castro Alves.
Museu Tempostal: resultante da coleção de Antônio Marcelino, seu fundador, tem como acervo 30 mil postais e fotografias, onde o mundo é revisto nas mais diversas épocas e nos mais variados aspectos. Destaque para a série Belle Époque, com postais bordados, aquarelados, adornados com pedrarias, plumas e cabelo humano.
Museu Casa do Benin: inaugurado no dia 6 de maio de 1988, resultou do proveitoso intercâmbio mantido entre a Bahia e o país africano Benin, através da cidade de Cotonou. Pertencente à Fundação Gregório de Mattos, tem exterior colonial e interior concebido pela arquiteta Lina Bo Bardi. O acervo apresenta peças da arte popular de Cotonou, República Popular do Benin, e exposições temporárias de artistas locais.
Solar do Ferrão: situada nas proximidades do largo do Pelourinho, a construção de 5.000 metros quadrados guarda características da segunda metade do século 17. Em 1756, os Jesuítas instalaram um Seminário no prédio, que no mesmo século tornou-se propriedade da família Ferrão. Daí em diante funcionou como residência de famílias nobres, teatro e sede do Centro Operário. Em 1977, foi adquirido pela Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural (atual Ipac), que depois da reforma instalou aí a sua sede administrativa.
Museu Abelardo Rodrigues: inaugurado em 5 de junho de 1981, no andar nobre do Solar do Ferrão (construção de 1701), guarda a mais valiosa coleção de arte sacra particular do Brasil. São 808 trabalhos de arte erudita e popular dos séculos 16 ao 19 -entre imagens, pinturas, oratórios, altares, crucifixos e fragmentos de talha- expostos numa área de 536 metros quadrados. As peças pertenciam ao colecionador pernambucano Abelardo Rodrigues e foram compradas pelo governo do Estado.
Antiga Faculdade de Medicina: primeira escola de medicina do país, onde serviu como bedel o personagem Pedro Arcanjo, de “Tenda dos Milagres”, de Jorge Amado. Atualmente, está sendo restaurada pelo governo do Estado e a iniciativa privada e reúne três museus: o Afro-Brasileiro (com acervo da arte sacra africana, afro-brasileira, 27 painéis de Carybé sobre os orixás e fotografias do antropólogo francês Pierre Verger); o de Arqueologia e Etnologia (com pinturas, objetos, fotos e urnas funerárias indígenas); e o Memorial de Medicina (com livros e teses sobre o tema).
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