Praça da Piedade - Foto: Alexeddi (Licença-cc-by-sa-3.0) |
Principais Praças Históricas de Salvador
::Praça da Piedade
A praça da Piedade foi uma das primeiras a serem ocupadas na ampliação dos limites da cidade ao final do século XVII (1679). Religiosos da Ordem de São Francisco, os Capuchinhos Italianos, receberam, por doação de uma piedosa senhora, um terreno com uma pequena casa de taipa à época fora dos limites da Cidade. Pouco depois, eles construíram no local o Hospício de Nossa Senhora da Piedade. No final do século XVII (1679), a área foi uma das primeiras a serem ocupadas na ampliação dos limites da cidade.
Em 1799 (Século XVIII)
Por ser uma das áreas mais importantes da cidade, D. Fernando José, de Portugal mandou levantar um patíbulo para executar os quatro acusados do movimento de libertação conhecido como a Conjuração Baiana.
Em 1852 (Século XIX)
O fornecimento de água da cidade passou a ser executado pela Companhia do Queimado, que instalou na Cidade Alta sete chafarizes entre a Cruz do Pascoal e a Praça da Piedade, que recebeu no centro um belo chafariz feito de mármore de Carrara, de origem italiana, onde destacavam-se figuras de águias e cavalos emplumados. O chafariz foi também coroado por uma categoria alusiva à Independência da Bahia, composta por uma índia empunhando uma lança e pisando sobre uma serpente.
Atualmente, o chafariz encontra-se no Largo dos Aflitos. A existência de um equipamento desta natureza acabou atraindo para o local um ajuntamento de pequenos prestadores de serviços, chamados de negros de ganho.
Em 1860 (Século XIX)
A praça registrava-se sem contornos muito bem definidos, pavimentação ou ajardinamento, trazendo em seu centro o chafariz de mármore, cercado por gradil e ladeado por quatro palmeiras. Constituía-se verdadeiramente num grande terreiro arrodeado por pequenas casas modestas, além da Igreja e do Convento de Nossa Senhora da Piedade.
Em 1870 (Século XIX)
As funções da praça no contexto da cidade foram ratificadas após a implantação do sistema de transporte urbano, com o assentamento dos trilhos dos bondes puxados a burro e, posteriormente, a eletricidade, que faziam as linhas Vitória-Piedade e Piedade-Largo do Teatro (praça Castro Alves). A praça, então, passava a funcionar como um ponto de articulação da malha viária.
Em 1890 (Século XIX)
Ocupando uma posição estratégica dentro do espaço urbano, a Praça da Piedade - também denominada 'Praça Treze de Maio' -, passava por inúmeras melhorias motivadas pela ocupação do Distrito de São Pedro, no qual se insere uma população composta por parte da elite intelectual e econômica de Salvador, podendo ser identificada a presença de alguns poucos sobrados mais imponentes.
Em 1891 (Século XIX)
No dia 2 de julho, foi criado o Jardim da Piedade, atraindo a freqüência da 'Melhor Sociedade Soteropolitana'.
Em 1895 (Século XIX)
A praça sofre uma nova e profunda reforma, incluindo a pintura dos quiosques e conserto dos bancos. Na ocasião, o intendente Dr. José Eduardo Freire de Carvalho Filho, disse em seu relatório anual: '... em uma cidade civilizada, tão freqüentada, a intendência já se visse obrigada a mandar fechar por algum tempo o jardim, a fim de poder reparar os estragos feitos...' - 07/01/1896.
Possivelmente, data deste período a colocação do gradil que circulava a praça, além do desenho de quatro canteiros contornados nas extremidades por árvores de porte médio. Também é desta época a construção do Edifício do Senado.
Em 1912 (Século XX)
Em sua primeira gestão, o Governador J.J. Seabra modificou a ambientação da praça para a abertura da Avenida do Estado (Avenida Sete de Setembro), mudando o seu traçado e reduzindo suas dimensões, além de modificar a feição dos edifícios existentes. São desta época os edifícios do Gabinete Português de Leitura, em estilo neomanuelino, e a Igreja de São Pedro (levantada em 1917 num estilo bem próximo ao neógotico), em substituição à antiga Matriz de São Pedro Velho, que ficava no atual Largo de São Pedro, demolida para a construção da avenida. Também foi demolida a ala direita do Edifício do Senado.
Em 1928 (Século XX)
Um novo projeto de ajardinamento e arborização foi elaborada prevendo a retirada do gradil que a circundava, preservando seu chafariz no centro e os quatros canteiros.
Em 1931 (Século XX)
O prefeito Arnaldo Pimenta da Cunha mandou substituir o chafariz situado no centro da praça por uma fonte luminosa importada da França. A obra foi executada pela Companhia do Queimadinho, que trouxe da região de Champagne, dois conjuntos de quatro estátuas cada, sendo um destinado à Piedade e outro à Praça Colombo, no Rio Vermelho.
Fins da década de 80
O então prefeito Mário de Mello Kertész mandou executar serviços de reformas para deixar os canteiros circundados por bancos pré-moldados. A reforma fazia parte de um programa que previa a uniformização do mobiliário urbano de Salvador.
Fins da década de 90
O prefeito Antônio Imbassahy entregou a população uma nova praça, inteiramente reformada, com fonte luminosa, monumentos recuperados, bancos de granito, um inédito sistema de irrigação informatizado e um gradil de 250 metros (um dos últimos trabalhos realizados pelo artista plástico Carybé). Os quatros portões da praça foram batizados com os nomes dos quatros mártires da Conjuração Baiana.
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