Caboclinhos - Foto: Marina Silva |
Pessoas fantasiadas de indigenas, com pequenos instrumentos de sopro e pifanos, que percorrem as ruas em dias de carnaval. Os participantes executam um bailado primário, ritmado, ao som de pancadas de flechas nos arcos, fingindo ataque e defesa, numa série de saltos e simples troca-pés.
Não há enredo nem fio temático no bailado, cuja significação visível é a apresentação das danças indígenas aos europeus, nos dias de festa militar ou religiosa. É uma reminiscência do antigo desfile indígena, com andança, os instrumentos de sopro e o ruído dos arcos e flechas. Eles simulam um combate entre tribos inimigas.
Os nomes dos figurantes variam, em torno de: cacique, caboclo velho, pantaleão, mestre e contramestre. São grupos de homens e mulheres, com cocares de penas de ema, pavão e avestruz. São caboclos que evoluem nas ruas em duas filas, ao som dos estalidos secos das preacas - um objeto que reproduz o arco e a flecha e que emite um estalido quando percutido.
A manifestação dos caboclinhos é uma representação do povo indígena e é, também, um dos mais antigos bailados populares do Brasil. Os caboclinhos preservam passos e danças nativas que se somaram às influências européias e negras.
Os personagens dos caboclinhos são o cacique e sua mulher, o capitão e o tenente, o guia e o contra-guia, a mãe-da-tribo, os perós (indiozinhos), o porta-estandarte, os cablocos, os caçadores e o pajé. A orquestra é formada pela inúbia (gaita de taquara), os caracaxás, o tarol e o surdo, além das dezenas de preacas que estalam num ritmo frenético.
Onde assistir: Itaparica - dia 7 de janeiro, festa da Independência de Itaparica;Camamu – 2 de julho;Nazaré – 2 de julho;Itacaré – 2 de julhoMucuri – 19 de março, festa de São José.