Perímetro Irrigado Vaza Barris (Canudos-Ba) Foto: Divulgação |
Perímetro Irrigado Vaza-Barris
Com cerca de 15 km de extensão. A irrigação é feita por gravidade e os lotes são trabalhados principalmente por colonos da região. Nos lotes são produzidas sementes de frutos e hortaliças para exportação, além de muita banana. Do alto da barragem do açude, a paisagem do Perímetro é bonita, avistando-se uma área com muito verde, por causa das algarobas (árvores que servem como alimentação para os animais), fazendo com que o local fique agradável para passeios e piqueniques.
À margem do Perímetro Irrigado está um canal originário do açude, que funciona como uma piscina, onde foram instalados alguns chuveiros e um barzinho que funciona nos fins de semana, servindo peixe frito e bode assado.
O Jorrinho, como é chamado o local, é uma opção de lazer para os habitantes de Canudos e de várias cidades circunvizinhas, a apenas 3 km da sede.
Serra da Toca Velha
Além da história, Canudos apresenta belezas naturais extraordinárias, como a Serra da Toca Velha. Mas, para chegar até lá é necessário pedir ajuda a um guia da região. A melhor opção é entrar em contato com a ACEPAC - Associação Canudense de Estudos e Pesquisa Antônio Conselheiro. Os participantes da entidade podem dar dicas importantes sobre o que ver na região e o melhor caminho para chegar até lá.
Há dois caminhos para ir até a serra: saindo da cidade pelo bairro Califórnia, em direção à fazenda de “Seu” Porfílio ou pela estrada do Rosário. A Toca Velha está na reserva ecológica que fica no Raso da Catarina (maior área de caatinga preservada do Brasil) e que, para ser visitada, é preciso autorização do IBAMA. Trata-se de um conjunto de montanhas de formação calcária impressionante.
Durante o caminho, em algumas elevações do terreno, tem-se uma visão do conjunto de montanhas que, no final de tarde, fica mais alaranjado por causa do reflexo do sol se pondo. Dando asas à imaginação, a impressão é de que entre as serras é possível encontrar no vale a cidade perdida. O cenário parece ter saído de um filme de aventura e a facilidade com que se formam arco-íris no céu leva a acreditar que, em algum lugar, está enterrado um pote de ouro.
Entorno do Rio da Toca Velha
De rara beleza e rica vegetação, abriga espécies, como umbuzeiro, favela, mandacarus, macambira e xiquexiques. Este santuário é singular, destacando-se a presença da Arara-azul-de-lear, uma das espécies de aves mais ameaças de extinção.
Alto do Mário
É um local-chave para quem deseja saber mais detalhes sobre a guerra de Canudos. Lá, pode-se encontrar ainda escavações que serviram de trincheiras para os jagunços que lutaram contra as forças republicanas. Trata-se de uma elevação que possibilita uma visão panorâmica de onde existia a vila de Canudos. Daí a escolha dos soldados em acampar nesta área, onde montaram estrategicamente o canhão withworth 32 que, pelo seu poder de fogo e destruição, foi apelidado pelos jagunços de 'a matadeira'.
Este mesmo canhão encontra-se hoje na praça Monsenhor Berenguer, principal de Monte Santo. Ele foi utilizado pela 4ª Expedição e, armado com todas as peças, pesava 1.500 Kg. O tubo e culatra medem 32 polegadas e, para transportá-lo durante a guerra, foi preciso um carro com tração de 20 bois.
Cidade Submersa
Uma das opções em Canudos é conhecer os locais onde aconteceram os combates e, se a água do açude estiver baixa, observar algumas partes da cidade submersa.
Dá para ver as ruínas da igreja de Santo Antônio, do cemitério e o pedestal todo de concreto onde, por algum tempo, foi colocado o canhão apelidado pelos jagunços como “a matadeira”.
Para chegar a este ponto do açude, o melhor caminho é ir por Bendegó, um pequeno povoado.
Foi lá que no século passado caiu um meteorito que ficou conhecido como a pedra do Bendegó. O marquês de Paranaguá, conselheiro de Estado e, na época, presidente da Sociedade Geográfica do Rio de Janeiro, foi a pessoa que em 1887 levou o meteorito do sertão para Salvador, mais tarde enviado para o Museu Nacional no Rio de Janeiro. O meteorito pesa quase 5 toneladas e meia, é o 15º composto de ferro descoberto em todo o mundo e caiu próximo ao rio Bendegó, por isso tem este nome. Segundo os estudiosos, um meteorito da massa do Bendegó é uma peça valiosa para desvendar os mistérios do sistema solar.
Alto do Alegre ou Monte Alegre
Aldeia de pescadores que fica bem próxima à área da antiga Canudos. A diversão das crianças do Alto do Alegre ainda é colecionar balas (de chumbo) pelo chão. Ali funciona, numa casinha de apenas um cômodo, o Museu Histórico de Canudos, que guarda tudo que foi encontrado nestes últimos anos pelos lugares onde foram travados os combates e no que restou da cidade incendiada.
Tem oratórios antigos, facões, punhais, capacetes de soldado, clavinotes, ferro de passar roupa, baú de couro, cartuchos de bala, máquinas de costura, fotos, ferradura de cavalos, além de outras peças, sem catalogação. Todo o acervo foi reunido por “Seu” Manoel Alves, mais conhecido como Manoel Travessa que, em 1971, chegou ao local e, desde então, se interessou em realizar este trabalho. Ele faz questão de enfatizar que faz isso sem ajuda institucional; ficou tão impressionado com a história da guerra de Canudos que começou a procurar e guardar tudo que se relacionava com o episódio.