Festa do Bembe do Mercado - Foto: Rita Barreto - Setur-Ba (Licença: cc-by-sa-3.0) |
A capela de Santo Amaro e o Solar Paraíso foram as primeiras construções do que viria a ser a primitiva área urbana da cidade. A região era habitada pelos índios Caetés, Pitiguaras e Carijós. A primeira povoação, entretanto, nasceu às margens do rio Traripe, próxima ao mar, em 1557. A morte trágica de um jesuíta tornou o local amaldiçoado e fez os moradores, já na segunda metade do século XVII, se transferirem para as proximidades do rio Subaé onde os padres Beneditinos construíram a capela. A zona rural chegou a ter 61 engenhos e inúmeras casas de farinha, construídos à medida que o desenvolvimento chegava com a produção do açúcar, da farinha e do fumo.
A partir de 1700 o povoamento, nascido em volta da capela de Santo Amaro, deslocou-se para a praça de Nossa Senhora da Purificação, onde estão a Matriz e a Casa de Câmara e Cadeia. A cidade cresceu acompanhando o rio Subaé e a estrada que cruzava o rio e seguia paralela à sua margem. O município foi criado com o nome de Vila de Nossa Senhora da Purificação e Santo Amaro. Em sua história, Santo Amaro se destacou em movimentos de emancipação como a Revolução dos Alfaiates, as lutas pela Independência e a Guerra do Paraguai.
Terra de artistas, Santo Amaro presenteou o Brasil com filhos ilustres como Caetano Velloso, Maria Bethânia, o artista plástico Emanuel Araújo, entre outras personalidades que tornaram famosa a terra morena do valente mestre capoeirista Besouro Cordão de Ouro e do mestre do maculelê, Popó. A poetisa Mabel Velloso, outra ilustre santamarense, define Santo Amaro como “pedacinho mais antigo do Recôncavo Baiano. Do seu massapê nasceram as canas mais doces e as mais doces estórias. Muita gente já contou e cantou coisas desses canaviais e muitos contaram e cantaram sem saber que assim procedendo legavam ao futuro uma lição bonita de uma terra bonita”.