Valença - Foto: Manu Dias - Agecom-Ba (Licença: cc-by-sa-3.0) |
Cachoeiras
Cachoeira da Água Branca
Assim que deixa Valença, o visitante se depara com a primeira atração do passeio: um mirante permite uma bela vista panorâmica da cidade e do Canal de Taperoá com o mar. Por estrada rural, chega-se à sede da Fazenda Água Branca, onde fica a cachoeira, situada dentro de uma Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN, com 100 ha de área. A partir da sede e ao longo de fazendas de criação de búfalos, existe uma trilha carroçável que costuma ser percorrida a pé, pois o declive é acentuado.
Próximo à cachoeira, a trilha passa por uma mata diversificada e densa, povoada de caititus e tatus, de onde já se ouve o som da queda d´água formada pelo Rio Gereba (que em tupi significa 'pássaro de cabeça vermelha', mas na linguagem popular local quer dizer 'coisa velha'), que cai numa deslumbrante cortina de espuma branca de 30 metros de altura, ótima para o banho. A maior parte da trilha é sombreada e bastante úmida.
Também existe ali uma ilha fluvial, onde foi construído um quiosque que permite apreciar a bela vista ao redor. Duração: 2 horas. Dica: a descida pela trilha deve ser feita com sapato de sola antiderrapante. Como chegar: saindo de Valença, percorrer 5 km pela BA-001 em direção norte. Nessa altura, virar à esquerda, entrar na via rural e percorrer mais 8 km, até a sede da Fazenda Água Branca. Dentro da fazenda, pegar a trilha que leva à cachoeira. São cerca de 30 minutos a pé, em descida.
Ecoturismo
Ilhas do Conde e da Esperança
Ficam às margens do Rio Piau e o acesso é feito por passarelas de madeira sobre o rio. O local é ótimo para banho e pesca. Um bar e um restaurante funcionam na pequena ilha fluvial do Conde. Duração: 2 horas. Como chegar: sair de Valença em direção à rodovia BA-542; percorrer aproximadamente 8 km, até chegar a uma estrada de barro que vai até o balneário.
Vila Velha de Jiquiriçá
O nome vem do tupi 'yuquiriçá', e significa 'o lugar do sal', 'a salina'. Vale a pena visitar as ruínas da Igreja de Santo Antônio, situadas em meio a grandes árvores e raízes que se entrelaçam nas pedras da antiga igreja. Existem também plantações de cacau ao seu redor. A vila possui uma pequena trilha (cerca de 10 minutos a pé), para visita a uma casa de farinha e a um 'Rodão de Dendê' - prensa de madeira com um torno de ferro no meio, que à medida que gira por tração animal, vai produzindo o famoso azeite de dendê, ingrediente importante para a saborosa culinária baiana.
Duração: 1 hora. Dicas: nos períodos de chuva, a trilha que leva à casa de farinha e ao 'Rodão de Dendê' fica enlameada, tornando difícil o acesso. Como chegar: saindo de Valença, percorrer 2,5 km em direção ao norte pela BA-001, para chegar ao caminho de terra que dá acesso às ruínas da Igreja de Santo Antônio.
Ponta do Curral
A praia onde desembarcaram as primeiras cabeças de gado no Brasil fica defronte à extremidade norte da Ilha de Tinharé e descortina uma bela vista do Farol do Morro de São Paulo. É praia de mar aberto, de ondas moderadas, ótimas para surfistas e, por isso mesmo, local de disputa de etapa do campeonato de surfe. É também ponto de desova de tartarugas marinhas. Um passeio de trator (Besouro), que sai da vila de Guaibim com acompanhamento de guia local, permite ao visitante apreciar toda a diversidade da área, composta por matas e restingas.
O passeio ainda oferece um gostinho de aventura na travessia dos riachos no período das cheias. Um ponto alto da excursão é a possibilidade de ver os processos do beneficiamento da piaçava. Duração: o dia todo. Dicas: é recomendável levar água e um lanche, pois a praia é desprovida de qualquer estrutura de apoio. Barcos que saem do cais de Valença ou do Terminal de Bom Jardim também podem levar os visitantes até a Ponta do Curral.
Como chegar: saindo de Valença, depois de percorrer 8 km em direção ao norte, pela BA-001, encontra-se o entroncamento para Guaibim; entrar no acesso à praia e percorrer mais 10 km de asfalto pela BA-887. Em Guaibim, pode-se contratar transporte (Besouro) para ir até a Ponta do Curral, a 10 km de distância. É possível fazer esse percurso a pé, pela praia.
Corredeiras de Sarapuí
São sete corredeiras e ficam bem perto da entrada do pequeno povoado de Sarapuí, fundado no século XVIII. A principal cachoeira tem uma queda d´água de 20 m de altura. A região é de mata densa, quase intocada pelo homem. Duração: 2 horas. Dicas: não deixar de visitar as ruínas de um antigo engenho de cana-de-açúcar e de sua capela. Como chegar: seguir pela BA-001, no trecho Valença-Ituberá; ao chegar no entroncamento, na altura do Km 5 (povoado de Boca da Mata), entrar à direita por uma estrada encascalhada; prosseguir por 12 km.
Ilhas do Conde e da Esperança
Ficam às margens do Rio Piau e o acesso é feito por passarelas de madeira sobre o rio. O local é ótimo para banho e pesca. Um bar e um restaurante funcionam na pequena ilha fluvial do Conde. Duração: 2 horas. Como chegar: sair de Valença em direção à rodovia BA-542; percorrer aproximadamente 8 km, até chegar a uma estrada de barro que vai até o balneário.
Serra do Abiá
É o ponto culminante do município, com cerca de 900 m de altura. Ótimo para a prática de vôo livre. Ali já foram realizados vários campeonatos de asa delta. A principal atração local é o Morro do Abiá, que fica às margens da BR-101. É preciso subir cerca de 5 km por uma via encascalhada para ter acesso ao mirante. Vale a pena: a vista é deslumbrante. A palha é a principal matéria-prima do artesanato vendido no ponto de venda que existe ao pé do morro: chapéus, cestos, artigos para pesca, luminárias, etc.
Duração: 2 horas. Dica: levar máquina fotográfica ou filmadora, pois a paisagem é fascinante e merece ser registrada. Como chegar: de Valença, pegar a BA-542 e percorrer aproximadamente 30 km de asfalto até o entroncamento com a BR-101; depois subir 5 km (a pé ou de carro) por acesso encascalhado.
Estância Azul
É um casarão colonial bem conservado, construído em 1816 (a data está inscrita na portada), onde está guardado um acervo de antigüidades de grande valor histórico. O sobrado - sede da Fazenda Estância Azul, recoberto por um belo telhado de duas águas, é precedido por um pequeno átrio gradeado, cercado por pomar de árvores frutíferas. No interior do casarão pode-se ver um mobiliário de época, que inclui mobília austríaca de palhinha. No amplo jardim, destaca-se a estátua de Ceres, deusa da agricultura.
Duração: 1 hora. Dica: a Estância Azul é uma propriedade particular. Para visita, é preciso um contato prévio com os proprietários. Como chegar: seguir pela BA-001, no trecho Valença-Taperoá; o casarão fica do lado direito da pista, na altura do Km 1.
Ruínas da Antiga Fábrica Têxtil de Valença (Fábrica Todos os Santos)
Coberta de musgo e com raízes de plantas se entranhando nas suas paredes, a imensa ruína da primeira e mais antiga fábrica têxtil com energia hidráulica do Brasil está localizada na segunda cachoeira do Rio Una, bem próximo a Valença. Em torno das ruínas restam vestígios da barragem, uma ponte sem arco e alicerces das edificações menores. Os moldadores e fundidores da antiga fábrica eram escravos treinados pelos norte-americanos. Dá para fazer a visita a pé.
A região está inserida na APA do Candengo e, portanto, protegida por legislação ambiental. Duração: 1 hora. Dicas: passeio imperdível, é um dos marcos da industrialização na Bahia. As ruínas são muito bonitas, vale a pena levar máquina fotográfica ou filmadora. Nos períodos de chuva, é recomendável usar sapatos com solado antiderrapante, para enfrentar a trilha de terra molhada.
Não deixe de visitar também a Fábrica de Tecidos da Companhia Valença Industrial (antiga Fábrica Nossa Senhora do Amparo, de 1860) localizada nos arredores de Valença, na margem direita do Rio Una. A fábrica ocupa uma faixa estreita entre o rio e o morro sobre o qual está localizada a Igreja Nossa Senhora do Amparo.
Como chegar: em Valença, margear o Rio Una pela trilha na mata, numa caminhada de 2 km.
Unidades de Conservação
APA do Candengo
Essa Área de Proteção Ambiental foi criada pela Prefeitura de Valença e está localizada a oeste da BR-001, a 9 km da sede municipal. Na APA, existe uma cachoeira com quatro quedas d’água, que atingem uma altura máxima de 5 m. A região é de Mata Atlântica densa, quase intocada pela ação do homem, o que a torna ideal para a prática de turismo ecológico. Quedas d’água e fauna variada são também atrações na área, onde funcionou a primeira hidrelétrica da Bahia (1908), atualmente em ruínas, com aproveitamento da energia gerada pelas águas da Cachoeira do Candengo.
Acesso: só é possível chegar a pé ou de barco, a partir de Valença.
RPPN da Água Branca
Com fauna rica em caititus, tatus e muito pescado espalhados em 100 ha, essa Reserva Particular de Patrimônio Natural é considerada a mais bonita do município de Valença e fica dentro da Fazenda Água Branca, onde existe uma cachoeira com uma queda d’água com cerca de 50 m de altura. Acesso: a Reserva fica a 10 km de Valença. Como se trata de uma propriedade particular, é preciso uma autorização dos proprietários para visitá-la.
APA de Guaibim
Essa Área de Proteção Ambiental foi criada pelo Decreto Estadual nº 1.164, de 11 de maio de 1992. É uma área regida por legislação especial, com zoneamento definido e regulamentado por lei. Normas de preservação e manejo dos recursos ambientais e paisagísticos da área também estão devidamente estabelecidas no seu Plano de Manejo. A APA é administrada pelo Centro de Recursos Ambientais – CRA, através do seu escritório na região do Baixo Sul do Estado da Bahia.
A APA de Guaibim fica no município de Valença, entre a Ponta do Curral e o Rio Jiquiriçá, e abrange uma área de 20 km², que conta com 20 km de litoral. É uma extensa planície com ecossistemas de restinga e manguezais, praias, brejos e remanescentes da Mata Atlântica. A fauna possui grande diversidade de espécies silvestres. Acesso: sair de Valença por 8 km em direção ao norte; ao chegar ao entroncamento para Guaibim, percorrer mais 10 km de asfalto.