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Principais Centros Afro Religiosos de Maceió
Em Alagoas as Casas de Axé, onde são celebrados os cultos das religiões de matriz africana, se transformaram em importantes referências culturais e sociais, o que contribue para minimizar o preconceito acerca do Candomblé e da Umbanda. Em Maceió, A Casa de Iemanjá - Ponto de Cultura Quilombo Cultural dos Orixás, na Ponta da Terra, que em 2004 passou a ser o primeiro terreiro reconhecido como Ponto de cultura no Brasil - e o Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb), no bairro do Village Campestre oferecem atividades relacionadas à temática afro, além de cursos profissionalizantes para a comunidade.
Segundo dados da Federação dos cultos afro umbandistas de Alagoas existem mais de 20 mil Casas de Axé cadastradas e algumas vêm elaborando projetos para serem reconhecidas como pontos de cultura. Isso fez com que a capoeira, a dança afro e o toque dos tambores se tornassem atividades de inclusão social, tirando jovens em situação de risco das ruas, além de perpetuar a identidade cultural, uma vez que o Estado abriga o maior símbolo de luta do povo negro, que é o Quilombo dos Palmares, situado na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares, além de ter comunidades quilombolas reconhecidas pela Unesco como patrimônio cultural.
Desde criança pai Célio de Ogun, que é babalorixá da Casa de Iemanjá, trilha os caminhos das religiões de matriz africana. Ele foi o segundo dos netos de Maria Garanhuns, Ialorixá conceituada na cidade de Maceió. Quando nasceu, Célio foi recebido pelo Orixá Iemanjá, que dançava incorporado em sua avó e foi intitulado como o herdeiro da Casa de Axé. O babalorixá já recebeu várias homenagens, entre elas a Comenda da Ordem do Mérito dos Palmares e lembra com orgulho de quando começou a promover uma interação entre a população da Ponta da Terra e a cultura afro.