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Historia de Haia
Prédio do Ministerio da Educação, Cultura e Ciencia - Foto: Rene Mensen (Licença-cc-by-sa-2.0)
Prédio do Ministerio da Educação, Cultura e Ciencia - Foto: Rene Mensen (Licença-cc-by-sa-2.0)

A história de Haia caracteriza-se pelo estabelecimento de diversos tipos sucessivos de governo. Nesta cidade residiam os condes, governadores e reis, e nela se reuniam os representantes das cidades e das províncias, exatamente como o fazem nos dias atuais os representantes do parlamento holandês. A cidade em si, que não gozava de direitos próprios, representava bem pouco, tanto na política, quanto nas relações na sociedade holandesa como um todo. Não tinha representantes a nível provincial, nem a nível nacional. Sendo Haia uma cidade sem influências na política, era um bom lugar para a sede do governo nacional. Até os dias atuais Haia continua sendo o centro do poder político nos Países Baixos e com o passar dos anos, foi evoluindo, transformando-se em um centro da política internacional. A cidade também é a sede de vários órgãos internacionais, tais como o Tribunal Permanente de Arbitragem, o Tribunal Internacional de Justiça, a Organização para a Proibição de Armas Químicas, e o Tribunal para os Crimes de Guerra na antiga Iugoslávia, e, no futuro próximo, o Tribunal Penal Internacional. Razões suficientes para que Haia também seja conhecida como a capital jurídica do mundo.

No século XIV, desenvolveu-se no condado da Holanda um centro administrativo permanente de governo. O mesmo ocorreu em outros condados. A administração não deveria mais acompanhar o conde por todo território nacional em cada viagem. O condado da Holanda foi concedido aos condes de Hainaut (região que atualmente pertence à Bélgica) que nem sempre podiam estar presentes. Houve então uma reorganização do governo e da administração da justiça. O atual prédio do Parlamento holandês, em Haia, chamado Binnenhof, parecia ser um perfeito local para a sede do governo. Situava-se em um grande condado e a hospedagem era apropriada para a chancelaria. A administração também se estabeleceu em Haia, formando-se então a base para que Haia mais tarde se tornasse a sede do governo.

No século seguinte surge nos Países Baixos, que nesta época compreendiam o que hoje seria a Benelux (Bélgica, atuais Países Baixos e Luxemburgo) e uma parte do norte da França, uma primeira forma de representação do povo; os Estados de cada província, nos quais estavam representadas a nobreza, o clero e as cidades. Haia não fazia parte dos estados da Holanda por não gozar de privilégios. Amsterdã sim, embora não ocupasse o primeiro lugar entre as cidades holandesas. Este lugar era tradicionalmente ocupado pela cidade com privilégios mais antigos, que na Holanda era a cidade de Dordrecht. O Duque de Borgonha, senhor da maioria das províncias holandesas, convocava - principalmente quando precisava de dinheiro - os representantes encarregados de assuntos importantes de todos os estados. Esta assembleia recebeu o nome de Estados Gerais, nome este que até os dias atuais é usado para a denominação oficial do parlamento holandês.

O Estados Gerais se reuniram pela primeira vez na de cidade de Bruges em 1464. Naquele tempo o soberano raras vezes ficava em Haia, sendo substituído por um governador que atuava em seu lugar e por sua própria conta. Soberanos posteriores como: Maximiliano da Áustria, Carlos V e seu filho o Rei de Espanha Felipe II, ocupavam-se com as questões europeias e não tinham disponibilidade física para estarem nos Países Baixos. Como resultado, os governadores das várias províncias, que eram normalmente governadas por um regente sediado em Bruxelas, adquiriram um papel importante na Europa, tendo cada vez mais poder e ocupando cada vez mais cargos importantes no governo. Várias províncias eram governadas pelo mesmo governador, a partir da cidade de Haia.

 

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