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Historia de Nurembergue
Vista da Igreja São Sebaldo - Foto: Jailbird (Licença-cc-by-sa-2-0)
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A cidade foi documentada pela primeira vez em 16 de julho de 1050, no começo da Alta Idade Média, numa escritura em latim do Sacro Império Romano-Germânico como Norenberc (montanha rochosa), que deriva do alto alemão médio nuor (rocha) e berc (montanha). Trata-se do chamado 'Título de liberdade de Sigena', um documento histórico, mediante o qual, o imperador e rei franco-saliano Henrique III (1039 — 1056) concede a liberdade à serva Sigena. Segundo as crenças populares, o nobre patrício Richolf desejava casar-se com Sigena, porém, como só uma mulher livre podia ter filhos legítimos com um nobre, Richolf pediu ao imperador a liberdade da sua amada. Conforme o nome da cidade indica, o castelo de Norenberc foi construído sobre uma montanha de arenito. As primeiras habitações começaram a alastrar-se na encosta ao sul desta montanha. Graças ao imperador Henrique III foi concedido o Marktrecht à cidade, ou seja, o direito legal concedido por ordem imperial a uma cidade de realizar um mercado. A ascensão de Nuremberga foi consolidada durante o reinado de vários reis sálios que elevaram a cidade à Kaiserpfalz (palatinado imperial) em 1183 e a fortificaram com muralhas.

Foram as manufaturas, o comércio local e o comércio com regiões longínquas que garantiram a ascensão e o crescimento do vilarejo, tanto que em 1219, através da ordem do imperador Frederico II Hohenstaufen, Nuremberga tornou-se uma 'Cidade Livre Imperial' (Freie Reichsstadt), adquirindo assim, o direito a autogovernar-se como instituição autônoma. Carlos IV, que visitava frequentemente a cidade, decretou através da Bula Dourada de 1356, que cada novo imperador alemão era obrigado a realizar sua primeira Dieta Imperial em Nuremberga, aumentando ainda mais a importância da cidade no Sacro Império Romano-Germânico. A partir de 1424 estipulou-se Nuremberga como sendo responsável pela guarda das 'jóias ou insígnias imperiais' (Reichskleinodien), lançando a cidade ao auge do seu poder, tornando-se centro do Humanismo alemão (veja Conrad Celtis, Hieronymus Münzer, Hartmann Schedel), das ciências e das artes, principalmente nas áreas da pintura e escultura. Durante este tempo de prosperidade, Nuremberga era uma das maiores cidades do Sacro Império Romano-Germânico ao lado de Colônia e Praga.

Johannes Müller de Königsberg (mais tarde chamado Regiomontanus) construiu um observatório astronómico em Nuremberga em 1471, além de publicar várias cartas astronómicas. Por volta de 1500, Peter Henlein inventa o primeiro relógio de bolso, chamado de 'Ovo de Nuremberga' (Nürnberger Ei). O artista do Humanismo e do Renascimento, Albrecht Dürer criou suas obras-primas entre 1509 a 1528 em Nuremberga. Dürer desenhou em 1515, sob ordens do imperador Maximiliano I, uma carta celeste relativo aos hemisférios norte e sul, o Mapa Stabius-Dürer, tratando-se do primeiro mapa dos céus alguma vez desenhado. Em 1543, uma importante parte do trabalho do polonês Nicolau Copérnico foi publicada em Nuremberga. Impressores e editores não foram incomuns em Nuremberga. Muitos deles trabalharam em conjunto com artistas famosos do Renascimento, produzindo livros que se tornaram verdadeiras obras de arte. O primeiro globo terrestre, da autoria de Martinho da Boémia (Martin Behaim), foi produzido aqui, assim como as Crónicas do Mundo (Schedelsche Weltchronik) de Hartmann Schedel, escritas no dialecto francónio local. Também escultores como Veit Stoss ou Peter Vischer estão associados a Nuremberga.

Fonte: Wikipédia

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