O Burj Khalifa (a-maior estrutura feita pelo homem) - Foto: Compartilhaigual (Licença-cc-by-sa-4-0) |
Muito pouco se sabe sobre a cultura pré-islâmica no sudeste da Península Arábica, sabe-se apenas que muitas das cidades antigas na área eram centros de comércio entre os mundos Oriental e Ocidental. Os restos de um antigo manguezal, datados em sete mil anos, foram descobertos durante a construção de linhas de esgoto perto de Dubai Internet City. A área foi coberta com areia cerca de cinco mil anos atrás, como o litoral recuou para o interior, tornando-se uma parte da costa atual da cidade. Antes do Islã, o povo desta região adoravam Bajir (ou Bajar). Os impérios Bizantino e Sassânida constituíam as grandes potências da época, com o Sassânidas controlando grande parte da região. Após a expansão do islamismo na região, o califa omíada, do mundo oriental islâmico, invadiu o sudeste da Arábia e expulsou os Sassânidas. As escavações realizadas pelo Museu de Dubai, na região de Al-Jumayra (Jumeirah) indicam a existência de diversos artefatos a partir do período omíada.
A mais antiga menção de Dubai é de 1095, no 'Livro de Geografia' pelo geógrafo árabe-Al-Andalus Abu Abdullah al-Bakri. O mercador veneziano de pérolas Gaspero Balbi visitou a área em 1580 e mencionou Dubai (Dibei) para a sua indústria de pérolas. Registros documentais da cidade de Dubai só existem depois de 1799. No início do século XIX, o clã Al Abu Falasa (Casa da Al-Falasi) da tribo Bani Yas estabeleceu-se em Dubai, que ficou sob controle de Abu Dhabi até 1833. Em 8 de janeiro de 1820, o xeque de Dubai e outros xeques na região assinaram o 'Tratado de Paz Geral Marítima', com o governo britânico.
Entretanto, em 1833, a dinastia Al Maktoum (também descendentes da Casa de Al-Falasi) da tribo Bani Yas assumiu o controle de Abu Dhabi e tomou Dubai do clã Abu Falasa sem encontrar resistência. Com a assinatura do 'Acordo Exclusivo' de 1892, Dubai passou a ter a proteção do Reino Unido contra qualquer ataque vindo do Império Otomano. Duas catástrofes atingiram a cidade durante os anos 1800. Primeiro, em 1841, uma epidemia de varíola irrompeu na localidade de Bur Dubai, obrigando a população a deslocar-se para leste de Deira. Em 1894, um grande incêndio em Deira destruiu a maioria das casas. No entanto, a localização geográfica da cidade continuou a atrair comerciantes e mercadores de toda a região. O emirado de Dubai reduziu então a carga fiscal sobre o comércio, o que atraiu comerciantes de Sharjah e Lengeh Bandar, que eram os principais centros comerciais da região na época.
No entanto, as disputas fronteiriças entre os emirados continuaram mesmo após a formação dos Emirados Árabes Unidos, foi somente em 1979 que um compromisso formal foi alcançado, o que terminou com as hostilidades e com as disputas fronteiriças entre os dois estados. Eletricidade, serviços de telefone e um aeroporto foram criados em Dubai em 1950, quando os ingleses moveram seus escritórios administrativos locais de Sharjah para Dubai. Em 1966, a cidade se juntou ao país recém-independente do Catar para criar uma nova unidade monetária, o Riyal qatarí, após a desvalorização da Rupia do Golfo Pérsico. No mesmo ano, foi descoberto petróleo em Dubai, após o qual a cidade de concessões para companhias internacionais de petróleo. A descoberta do petróleo levou a um afluxo maciço de trabalhadores estrangeiros, sobretudo indianos e paquistaneses. Como resultado, a população da cidade entre 1968 e 1975 cresceu mais de 300%, segundo algumas estimativas.