Vista panorâmica - Foto: Gilbert Bochenek |
Diversas tribos nativas americanas viviam na região que atualmente consiste a província do Quebec milhares de anos antes da chegada dos primeiros europeus. Tais tribos eram pertencentes a três famílias nativo-americanas diferentes: os inuit (popularmente conhecidos como esquimós), os iroqueses e os algonquinos. Os inuit viviam no extremo norte do atual Quebec, enquanto as tribos algonquinas e iroquesas viviam na região sul do Quebec, próximas ao vale do Rio São Lourenço. Os franceses tomaram posse da região que atualmente corresponde ao Canadá, e fundaram a cidade de Quebec. O primeiro europeu a explorar o interior do Quebec foi o francês Jacques Cartier. Ele navegou ao longo do Rio São Lourenço, tendo desembarcado em terra várias vezes. Gaspé, a Cidade de Quebec e Montreal estão localizadas nos locais onde três destes desembarques foram realizados. Cartier, então, reivindicou a região à coroa francesa. Esta região tornar-se-ia a base das colônias francesas na América do Norte, a Nova França.
Em 1608, com o apoio do Rei Henrique IV da França, Samuel de Champlain fundou Quebec, com seis famílias totalizando 28 pessoas, sendo o primeiro assentamento bem-sucedido criado no Canadá. A colonização da região foi lenta e difícil. Muitos colonizadores morreram devido às rigorosas condições climáticas e à falta de suprimentos. Em 1630, 22 anos depois, apenas 100 colonos viviam no assentamento de Quebec. Dez anos depois, a população aumentaria para 359 colonos. Champlain rapidamente aliou-se com os nativos americanos algonquinos e montagnais. Estas duas tribos estavam em guerra com os iroqueses. Champlain também conseguiu fazer com que alguns jovens colonos franceses vivessem com os algonquinos e os montagnais para que eles pudessem aprender idiomas indígenas e se adaptassem à vida na região. Estes jovens colonos, conhecidos como Voyageurs, como Étienne Brûlé, estenderam a influência francesa até a região dos Grandes Lagos, bem como sob as tribos nativas hurões que viviam ali.
Nas primeiras décadas da existência do Quebec, apenas algumas poucas centenas de colonos viviam na região, enquanto que as colônias inglesas ao sul eram muito mais populosas e ricas. O Cardinal Richelieu, um conselheiro do Rei Luís XIII da França, queria que a Nova França tivesse a mesma importância que as colônias inglesas ao sul. Em 1627, Richelieu criou a Companhia dos Cem Associados para investir economicamente na Nova França e prometeu lotes de terra para as pessoas que tivessem interesse em migrar à Nova França. Isto atraiu centenas de pessoas e tornou o Quebec uma importante colônia mercantil. Champlain eventualmente foi nomeado o Governador da Nova França. Ele proibiu que qualquer colono não católico vivesse na região. Protestantes foram obrigados ou a renunciar a sua fé e a suas crenças, para continuar a morar na Nova França, ou foram obrigados a mudar-se.
Muitos dos protestantes escolheram mudar-se, migrando para as colônias inglesas ao sul. A Igreja Católica e missionários católicos como jesuítas e recollets ficaram firmemente estabelecidos no território. Richelieu também introduziu um sistema semifeudal de agricultura, que seria típico do Vale do São Lourenço até o século XIX. Ao mesmo tempo, porém, as colônias inglesas ao sul começaram a expandir-se ao norte, em direção do Vale do São Lourenço, e em 1629, o assentamento de Quebec foi capturado, ficando sob controle inglês até 1632. Champlain, então, ordenou a Sieur de Laviolette a fundação de outro posto comercial, onde atualmente fica a cidade quebequense de Trois-Rivières.
Fonte: Wikipédia