![]() |
Uma Cajadada - Foto/Reprodução: Sereno |
Dentre os resultados do projeto 'Marcha para o Oeste' esteve o apaziguamento dos divisionistas e seu envolvimento na política do Governo Vargas. Entre outras coisas, Vargas conseguiu com que a Companhia Matte Larangeira se resignasse a esta sua versão da reforma agrária, tendo esta companhia regularizado as posses de terras dos ocupantes dos ervais em troca de ser indenizada pelos arrendamentos.
A verdade é que os ervais já se encontravam devastados e nem o Instituto Brasileiro do Mate, também criado por Vargas, atendeu às necessidades da Mate Laranjeira, não permitindo à companhia grandes lucros - ela aos poucos se desinteressava do estado. Ao mesmo tempo a separação do Território de Ponta Porã foi um balde de água fria tanto ao movimento divisionista quanto à própria Companhia Mate Laranjeira, além de ter deixado insatisfeito o governo estadual de Mato Grosso.
Apesar de tudo isso, essa época foi de grande crescimento econômico ao sul de Mato Grosso, gerando impostos que ainda assim não eram suficientes para equilibrar as contas estaduais. Além da especulação imobiliária, uma vez que migrantes mal sucedidos vendiam suas terras a outros bem sucedidos, que aos poucos formavam latifúndios, outro resultado da Marcha para o Oeste foi a série de massacres a povos indígenas no sul matogrossense.
A despeito do extermínio em massa de populações ameríndias, no entanto, a população do sul matogrossense mais que duplicou entre o censo de 1940 e o de 1960, contando 579.652 naquele ano. Formaram-se novas oligarquias, ao mesmo tempo que a falta de cuidados na lida com os ervais levou à devastação dos mesmos, desviando o foco da Companhia Mate Laranjeira para a Argentina.