Procisão do Fogaréu - Foto: Universidade Católica de Goiás |
Uma das cerimônias mais tradicionais do Estado, a Procissão do Fogaréu acontece há 260 anos, na Cidade de Goiás, por ocasião da Semana Santa. Ritual que mistura religiosidade e folclore, a Procissão do Fogaréu teria chegado ao Arraial de Sant’Anna (que deu origem à Cidade de Goiás) durante a exploração do ouro pelos portugueses. A primeira Semana Santa no local teria sido organizada pelo padre João Perestelo de Vasconcelos Espíndola, em 1745.
À meia-noite da chamada Quarta-Feira das Trevas, 40 farricocos, encapuzados, entoam canções oitocentistas. Eles seguem um percurso que passa pela Igreja da Boa Morte, Igreja de Nossa Senhora do Carmo e Igreja do Senhor dos Passos. No momento da saída da procissão, todas as luzes da cidade se apagam. No ritual há o som cadenciado de caixas. No percurso, estão previstas algumas paradas.
A Procissão do Fogaréu está repleta de simbolismos. O principal deles é representar a perseguição a Jesus Cristo. Os archotes servem para procurar o Filho de Deus, em meio às trevas da ignorância humana. Um dos farricocos toca o clarim no meio da noite. É a senha para anunciar a prisão de Jesus Cristo, representado por um estandarte, pintado pelo artista plástico Veiga Valle, no Século XIX. Em seguida, o bispo local faz o sermão alusivo à morte de Cristo.
Data Móvel – sempre dentro da Semana Santa